Eventos religiosos e comemorativos recebem o apoio de muitas pessoas dispostas a trabalhar pela comunidade
Festas comunitárias são bastante comuns, principalmente no interior. Em Maratá, por exemplo, muitos eventos são organizados pela população, sejam religiosos ou não.
Nesse domingo, 3, uma grande festa foi preparada para comemorar os 96 anos da paróquia São Miguel. Essas festas costumam iniciar com uma missa festiva e, por lá, é costume dizer que se põe a melhor roupa que se tem para a Festa da Igreja.
Durante a celebração religiosa os cânticos podem ser em português e até mesmo em alemão. Ao final deste momento mais religioso, os moradores ouvem as badaladas dos sinos, foguetes e a bandinha típica alemã, que recebe a comunidade na saída da Igreja Matriz.
Enquanto alguns rezam, outros estão desde cedo trabalhando para preparar o grande almoço. Neste ano foram cerca de 400 cartões comercializados e a comunidade trabalhou bastante para servir a todos. De acordo com o Conselho Pastoral Paroquial, grupo que organiza o evento, muitas famílias se reúnem na preparação.
Conforme Nelci Maria Büttenbender Kirsten, 65 anos, no mês que antecede a festa já são vendidos os talões com números para o sorteio de prêmios, que também dão direito a um almoço. “Com essa venda, temos como calcular a quantidade de comida que vamos preparar”, diz a aposentada que colabora, voluntariamente, há 30 anos.
Para Nelci é um momento de alegria e satisfação ao contribuir para a igreja. “A gente acha que deve participar e ajudar a comunidade a crescer”, completa. A marataense afirma que muitas pessoas também colaboram com a doação de prêmios, como no caso dos membros da diretoria da entidade. Além disso, alguns auxiliam com patrocínios.
O voluntarismo é destacado por outra marataense, Ledi Pletsch, 67 anos. Para ela, uma sociedade sem união não consegue progredir. “É muito importante reunir famílias, pois é disso que precisamos”, afirma. Ledi diz que quando se confraterniza em festa, as pessoas esquecem os seus problemas e compartilham momentos como irmãos. “Isso é a construção de um legado e vivência em sociedade. Brindar e celebrar, alegria de viver”, conclui.