Festa também lembrou a chegada dos imigrantes alemães ao Brasil, há 194 anos, na atual cidade de São Leopoldo
Colonos, motoristas e cantores foram homenageados e participaram de mais um encontro da Liga de Corais 25 de Julho, de Maratá, que ocorre anualmente na data lembrada pelo nome da entidade. Neste ano, o evento ocorreu na comunidade de Vitória, interior do município. A cultura alemã foi lembrada e enaltecida, pois em 2018 ocorrem os festejos dos 194 anos da imigração ao Brasil.
Os marataenses se reúnem para comemorar a data com um repertório variado de cantos, almoço e reunião dançante com bandinha típica alemã. As músicas alemãs predominam, é claro. A festa também promove a integração entre os moradores e reencontros. Sete corais participam das festividades, entre eles o de Linha Comprida quer, mesmo pertencendo ao município de Salvador do Sul, também faz parte da Liga.
Marlene Stein, 57 anos, é cantora e mora na localidade de Linha Comprida. Ela participou do evento, mas, à tarde, tinha outro compromisso. “Vou apanhar laranjas com o meu filho. Precisamos colher 50 caixas até sexta-feira”, disse. Assim como Marlene, outros colonos também não descansaram no dia dedicado a eles.
Desde 1966, a Liga 25 de Julho se reúne e, neste ano, o coral União São Pedro, de Vitória, sediou as festividades durante o feriado municipal da cidade. Presidente do coral anfitrião, Cristina Reidel destacou em uma mensagem de boas-vindas o trabalho do agricultor. “O colono vive mais intensamente ao escolher bem as sementes da vida, plantando elas com amor”, afirmou ao ler o texto.
Em 2018, o coral de Vitória comemora 106 anos, celebrando também os 50 anos de regência do maestro Roque Giehl, o mais antigo da cidade em atuação. Roque ainda conduz o coral Concórdia, de São Pedro do Maratá. Além dos cuidados com a plantação e a propriedade rural, o marataense dedica meio século de sua vida à música.