CATÁSTROFE. Propriedades sofrem muito com os deslizamentos de solo
Dado preliminar aponta que o Setor Primário de Brochier sofrerá com prejuízo na ordem de R$ 5 milhões; concentrado especialmente nos ‘integrados’ de aves e suínos, além de silvicultura e carvão, citros e hortaliças. Outro setor afetado é do gado leiteiro, no qual é observada queda na produção dos animais, seja pelo estresses deste dias e catástrofe climática, seja pelo racionamento de alimentação.
O secretário de Agricultura, Meio Ambiente, Indústria e Comércio, Elemar Henrique Kleber, explica que há atraso na entrega pelas empresas aos criadores, ocasionado pela dificuldade de transporte de insumos das usinas produtoras de ração. A pasta realizou o relatório em conjunto com o extensionista da Emater, Fabiel Kamphorst, momento que constataram ainda deslizamentos de grandes massas de terra em áreas produtivas.
“Se fossemos falar em valores agora, estaríamos chutando. Mas não é pouca coisa. É muito grave”, declarou o secretário de Administração e Fazenda de Brochier, Evandro Carlos Pereira. Ele se referia ao fato de ainda não ter sido somado os custos de reparos a cargo do Município; além do levantamento junto ao setor comercial e de serviços. Foi assinado Decreto de Emergência, reconhecido pela União na última terça-feira, 14.
Com problemas substancialmente menores do que outros municípios flagelados pela catástrofe climática de 2024, ela não se enquadra em Calamidade. Ainda assim a Administração Municipal parte em busca de verbas dos governos. Da mesma forma, a coordenadora da Defesa Civil, Valéria Ávila, encaminhou tramites burocráticos para liberação do Saque Emergência do FGTS aos cidadãos.
Brochier também teve movimentação de solo
Os problemas na Zona Rural são consequência de deslizamentos (25 só em estradas), e que estão sendo avaliados pela Defesa Civil ao lado do engenheiro José Laerce Cezar e do geólogo Valmor Brackmann. Em Brochier aconteceu fenômeno semelhante àquele que colapsou a ERS-411 em Maratá; com o deslocamento de grandes massas de terra, e não deslizamentos pontuais e erosão.
A equipe se deparou com estradas sem grandes danos, mas que terminam em um barranco que lhe partiu ao meio. Basicamente as vias desceram sobre um platô de terra. “É inacreditável! Tu estás andando, daqui há pouco a estrada que é reta continua há 2 metros de altura. E tu olha para os lados e está tudo normal”, descreve Pereira.
O secretário de agricultura fez relato semelhante, sobre propriedades onde a lavoura foi divida em ‘degraus’ de terra. Essa situação de risco atrasa a reconstrução de algumas estradas, pois é preciso esperar as encostas assentarem para iniciar movimentação do solo. Assim algumas estradas estão em desvio; enquanto algumas foram liberadas, sendo que na manhã de ontem foram feitas melhorias na ligação entre Novo Paris, Brochier e Poço das Antas.