A nossa família é composta por Rafael e Josiane, ambos na faixa dos 37 anos, e nossos dois filhos: Otávio, de 7 anos, e Marina, de 4. Otávio foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) quando tinha 5 anos. Desde então, a vida da nossa família mudou significativamente, com desafios e momentos gratificantes.
– O diagnóstico e os primeiros desafios
O diagnóstico de Autismo para Otávio foi um momento de grande impacto para nós, que nos vimos diante de muitas perguntas e incertezas sobre o futuro do nosso filho. No início, foi difícil entender o Autismo e saber como apoiar o Otávio da melhor maneira possível. Sentíamos uma mistura de emoções, desde a tristeza e a preocupação até a determinação em encontrar as melhores soluções. A falta de conhecimento da sociedade sobre o TEA traz dificuldades de compreensão até dos familiares mais próximos.
– A busca por recursos e apoio
Após o diagnóstico, embarcamos em uma jornada para encontrar recursos e apoio adequados para Otávio. Isso incluiu consultas com médicos especialistas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. Recebemos o amparo da rede municipal de Educação, com excelentes professores e monitores. Aprendemos muito ao longo do caminho. Encontramos profissionais incríveis, que nos ajudaram a entender o Autismo e a desenvolver estratégias para melhorar a qualidade de vida do Otávio.
Uma das principais mudanças na nossa vida foi a necessidade de adaptar a rotina diária para atender às necessidades específicas. Minha esposa Josiane criou uma rotina consistente e previsível, o que é crucial para Otávio. Isso o ajuda a se sentir seguro e confortável em seu ambiente.
– O amor e o crescimento
Apesar dos desafios, o amor incondicional é o pilar que nos mantêm unidos. Otávio nos ensinou a valorizar cada pequena conquista e a abraçar a jornada com amor e aceitação. Ele é uma fonte constante de inspiração e nos trouxe uma nova perspectiva sobre o que realmente importa na vida.
Desde 2012, ocupo cargos públicos e minha formação é voltada para a aérea de captação de recursos. Quando recebi o diagnóstico do meu filho, comecei algumas pesquisas sobre recursos específicos para área do Autismo e descobri que há poucas políticas públicas que promovam um investimento pesado no período que nossos filhos mais precisam de apoio. A maior parte das ações é criada pelos munícipios, com seus recursos próprios, sem uma contrapartida dos governos federal e estadual. Meu filho mudou minha forma de pensar. A nossa voz tem que chegar ao Palácio do Planalto e ao Governo do Estado.