Garrafas, sacolas plásticas, panfletos e diferentes embalagens são descartadas diariamente nas ruas de Montenegro, vão parar nos bueiros e acabam chegando ao Rio Caí. Essa ação irresponsável contribui para a poluição do nosso rio e também contamina a cadeia alimentar. Para combater essa prática, a Prefeitura de Montenegro, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, e a Montepel se uniram e desenvolveram um projeto para reter os resíduos flutuantes no município.
Com materiais recicláveis e uma rede de proteção, a Smma e a Montepel fizeram uma ecobarreira e a instalaram no início deste mês de agosto, no Arroio São Miguel, próximo ao campo do Municipal. Com essa barreira, os resíduos que antes iam parar no Rio Caí, agora são impedidos e, de três em três dias, retirados e levados para a reciclagem na Montepel.
A parceria ambiental foi inspirada em projetos já existentes em outros lugares. O grande precursor da ecobarreira no país é Diego Saldanha, que idealizou o projeto em 2016, no Paraná. “Nosso intuito é instalar a ecobarreira em outros pontos da cidade, para reter o resíduo flutuante. A próxima, provavelmente, será na ponte que dá acesso ao Balneário Municipal (Baixio)”, ressalta Ronei Cavalheiro, responsável pela Educação Ambiental na Smma.
Antes que a ecobarreira se multiplique em Montenegro, a Smma e a Montepel trabalham simultaneamente para conscientizar a população e evitar que as pessoas descartem objetos nas ruas. “Temos um problema sério de conscientização. Se cada um fizer sua parte, vai ficar tudo mais fácil. É necessário mostrar para a população que essas ações têm consequências. Vamos levar esse projeto para as escolas, para servir de exemplo para a geração que está vindo”, frisa João Batista Dias, o Tita, gestor da Montepel.
“Aquilo que é jogado na rua, vem parar no arroio, e depois vai para o rio. É preciso ter cuidado”, complementa Tita.