No Mês do Meio Ambiente, muitas questões têm sido abordadas a fim de conscientizar as pessoas, as incentivando a adotarem boas práticas para um mundo melhor. Aqui, o destaque é a água potável, importante recurso natural que, se não preservado, pode ser escasso. Após encontrar e coletar a água, há todo um processo de tratamento do recurso para que ele possa chegar até as casas.
Esse processo deve ser realizado porque a água, apesar de indispensável ao organismo humano, pode conter substâncias como elementos químicos e micro-organismos que devem ser eliminados ou reduzidos de maneira que não sejam prejudiciais à saúde. Por isso, as Estações de Tratamento de Água (ETA’s) foram criadas, a fim de remover riscos por meio de uma combinação de processos e operações.
Em Montenegro, a Corsan é responsável pela ETA que realiza todo o procedimento para que, do rio, a água captada acabe devidamente tratada para consumo. Cristiane Isabela da Costa, técnica em química da Corsan, fez uma pequena demonstração do sistema de tratamento da água que ocorre na Estação. O primeiro passo é a captação, onde ocorre a retirada da chamada água bruta do manancial. Após, ocorre a adução, que é o caminho que a água bruta percorre até a ETA. Cristiane pontua que, em seguida, se observa a água bruta, retirada do rio. “Água bruta é a denominação que a gente dá para uma água que não tem tratamento”, explica.
Ao lado, o tratamento descrito ocorre não apenas em Montenegro, mas em todo o Rio Grande do Sul. Vale lembrar que o procedimento é para água retirada de rios, arroios ou açudes. Se a água for de poço, já passa por um processo de filtração natural e, ao fim, é apenas acrescentado cloro e flúor para clorificação.
1. No primeiro pote, se observa a água bruta, ou seja, a água da maneira em que foi retirada do manancial.
2. Aqui, foram adicionados produtos químicos utilizados na ETA. Trata-se da etapa de mistura rápida, com adição de um coagulante para remoção das impurezas. Um dos produtos é o sulfato de alumínio, que realiza a floculação. Nesta etapa, a água passa por um processo lento de mistura que tem o intuito de formar flocos com as partículas da sujeira. “Após, a água floculada vai fazer a separação das sujidades, deixando a parte de cima mais clarificada e a parte de baixo com os flocos”, detalha Cristiane Isabela da Costa, técnica em química da Corsan. Trata-se da decantação. Na Estação, os flocos sedimentam no fundo de um tanque. Cristiane lembra que, se necessário, é acrescentado cal para regular o pH da água. “Temos que ter uma equação química ótima, então, neste período em que a água do rio está mais suja, adicionamos cal”, diz. A cal é importante também por suas características coagulante, adensante e precipitante. No verão, quando a água tem um gosto semelhante ao de algas, é acrescentado o carvão ativado já no início do tratamento para remoção do gosto e odor.
3 e 4. Após, a água floculada passa pela etapa de filtração, que em Montenegro é feita com os filtros de areia. Neste momento, ocorre a retenção dos flocos menores em camadas filtrantes. Depois da filtração, vem a parte da clarificação, onde ocorre a adição de cloro para eliminação de micro-organismos patogênicos, na etapa de desinfecção. Por fim, ocorre a fluoretação, que é adição de compostos de flúor na água para, em seguida, ocorrer o bombeamento para as redes e reservatórios de distribuição.
Estação de tratamento de água Polo Petroquímico
A Estação de Tratamento de Água (ETA), localizada na Superintendência de Tratamento de Efluentes Líquidos (Sitel), no Polo Petroquímico de Triunfo trata, monitora e distribui água potável para as economias localizadas na área do entorno do Polo Petroquímico, Distrito Industrial de Montenegro e comunidades vizinhas localizadas nos municípios de Triunfo e Montenegro. Em 2017, a ETA teve produção duplicada. A capacidade de tratamento da instalação atual é de 60 litros de água por segundo, devido à instalação demais um bloco hidráulico e a substituição de 8.000 metros de rede com diâmetro de 300 milímetros.