Especialistas apuram as buscas mais frequentes no Google
O calor extremo está de volta, e com ele, uma preocupação crescente entre os brasileiros. Em março de 2025, o Brasil enfrentou sua terceira onda de calor, com temperaturas que ultrapassaram os 44°C em diversas regiões.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alertou que esse fenômeno, classificado como nível 4, persistiu por pelo menos três dias consecutivos, trazendo à tona a necessidade urgente de adaptação e estratégias para lidar com as altas temperaturas.
Justamente por isso, a Agência Conversion, especialista em SEO e pesquisa de dados, analisou o volume de buscas no Google por termos relacionados ao calor no último mês de março.
Os dados revelam que São Paulo lidera a lista, com impressionantes 12.100 buscas. O Rio Grande do Sul vem em seguida, com 4.400 buscas, enquanto Minas Gerais e Rio de Janeiro registraram 3.600 buscas cada.
Outros estados, como Paraná e Santa Catarina, também demonstraram interesse crescente, com 2.900 buscas cada, seguidos por Bahia (2.400), Goiás (1.600), Pernambuco (1.300) e Ceará (1.000).
O que diz a meteorologia
O aumento das temperaturas é uma característica típica do verão, mas a intensidade e a duração desses eventos extremos estão se tornando cada vez mais alarmantes, devido às mudanças climáticas e suas consequências.
De acordo com o Inmet, as temperaturas máximas diárias estão elevadas em grande parte do país, e esse evento extremo é caracterizado quando as temperaturas ultrapassam em 5°C ou mais a média mensal durante, pelo menos, cinco dias consecutivos. Essa definição, estabelecida pela Organização Meteorológica Mundial, coloca o Brasil em uma situação crítica, exigindo medidas eficazes para proteger a saúde da população.
Os efeitos no mercado
Em meio a essa nova realidade, a demanda por ares-condicionados está em ascensão. Toríbio Rolon, presidente do Departamento Nacional de Comércio e Distribuição, da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), prevê um aumento de 15% na produção de aparelhos de ar-condicionado para este ano.
Em 2024, o setor já havia surpreendido, com a produção de unidades do tipo split se aproximando de 6 milhões, um crescimento superior a 50% em relação a 2023.
Esse aumento na produção não é apenas uma resposta ao calor, mas também consequência do desequilíbrio entre oferta e demanda. Em janeiro do ano passado, o preço dos aparelhos disparou em 25,7%, refletindo a urgência da população em buscar alívio para as altas temperaturas.
Não por acaso, o estudo da Conversion também destacou que o termo “novo ar-condicionado” teve um aumento de buscas de 122,22% entre março de 2024 e março de 2025 em nível nacional. Esse dado revela uma mudança nas preferências dos consumidores, que buscam tecnologias mais eficientes para enfrentar o calor intenso.
Fonte: Conversion News