Brasil: inflação desacelera no primeiro mês de 2025

Registro é de menor alta para o mês desde o início do Plano Real

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como a prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,11% em janeiro de 2025, uma desaceleração em relação ao índice de dezembro de 2024, que foi de 0,34%. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado marca o menor índice para janeiro desde o início do Plano Real, em 1994.

No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação alcançou 4,5%, limite superior da meta estabelecida pelo governo. Entre os grupos analisados, oito dos nove apresentaram alta, com destaque para alimentos e bebidas, que subiram 1,06%, contribuindo com 0,23 ponto percentual no índice. Produtos como tomate (17,12%), café moído (7,07%) e refeições (0,96%) puxaram os preços para cima.

Já o setor de habitação apresentou recuo de 3,43%, impactado pela redução de 15,46% na conta de luz, devido ao Bônus de Itaipu, que oferece descontos aos consumidores. Essa queda contribuiu para aliviar a pressão inflacionária, com redução de 0,6 ponto percentual no IPCA-15.

No grupo de transportes, os preços avançaram 1,01%, impulsionados pelas passagens aéreas, que subiram 10,25%, e pelos combustíveis, com aumento de 0,67%. Já o ônibus urbano teve alta de 0,46%, refletindo ajustes nas tarifas em diversas capitais.

A diferença entre o IPCA-15 e o IPCA fechado está no período de coleta de preços e na abrangência. A prévia considerou os preços entre 13 de dezembro de 2024 e 14 de janeiro de 2025 em 11 localidades, enquanto o índice oficial incluirá 16 regiões e será divulgado em 11 de fevereiro.

A meta de inflação para 2025 é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O novo modelo de acompanhamento considera os 12 meses imediatamente anteriores, e o descumprimento ocorrerá se o índice superar o intervalo por seis meses consecutivos.

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