O funcionalismo estadual no Vale do Caí se reuniu em Montenegro na terça-feira, dia 30, para debater a reforma do IPE Saúde. A plenária regional foi promovida pela entidade dos professores e servidores de escola, Cerps Sindicato, que integra a “Frente de Servidores” ao lado de outros sindicatos de classe. O principal problema apontado é a taxação de pendentes, além de considerar que o déficit financeiro da entidade é resultado da falta de reajuste adequado aos servidores.
Cerca de 50 trabalhadores estiveram no encontro do 5º Núcleo do Cpers, na Escola Estadual Polivalente. Ao Ibiá, a tesoureira do Cpers, professora Rosane Zan, explicou o ônus aos servidores com a proposta de aumentar para R$ 49,28 mensais a taxação por filho de até 23 anos.
O governo incluiu “trava” de desconto máximo em 12% do lucro bruto, mas que é ultrapassada se somados taxas extras para benefícios, como internação em quarto privativo. Além disso, o peso dos 12% será maior para os salários mais baixos no Estado. Isso também coloca na pauta da Frente de Servidores a revisão geral dos salários, de ativos e inativos, com perdas de até 57% em algumas categorias.
“Se o IPE está com problemas financeiros, não é culpa do servidor”, aponta o diretor do Cpers Cássio Ritter. Ele concorda que há um déficit no caixa; que, no entanto, foi gerado pela disparidade entre descontos e salários defasados; somado ao aumento de gastos com os serviços.
Os docentes alertaram ainda a população em geral, pois todo o servidor que sair do IPE irá migrar para o SUS. O projeto de reforma tramita em regime de urgência na Assembleia, devendo ser votado em junho. Neste dia, a Frente pretende mobilizar 50.000 servidores.