Bergamota avançou 21,80%, em contraste com queda das hortaliças
O Preço da Cesta de Alimentos da Receita Estadual (PCA-RE) registrou, em novembro, uma alta de 1,73% na comparação com o mês anterior. O indicador, que acompanha a variação dos preços de itens que representam 98% do consumo alimentar dos gaúchos, fechou o mês passado em R$ 283,92. No acumulado do ano a alta é de 10,80%. Já na visão dos últimos 12 meses a variação é de 12,94%.
No recorte por Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), Jacuí Centro apresentou o menor valor, R$ 265,55; enquanto da Região das Hortênsias permanece com a cesta mais cara, em R$ 318,78. Os dados são da quarta edição do Boletim de Preços Dinâmicos da Receita Estadual, divulgado nesta semana Secretaria da Fazenda (Sefaz).
A publicação reúne os indicadores de preço de 65 alimentos, divididos em 30 grupos e 12 subgrupos (anteriormente, até a terceira edição, eram 49 produtos abrangidos). Esse é um painel inédito que divulga os preços de alimentos no varejo em todas as regiões do Rio Grande do Sul com base nas informações das Notas Fiscais de Consumidor Eletrônica (NFC-e).
Variações por grupos e produtos
Em novembro, o grupo de óleos e gorduras apresentou a maior alta de preços, com 6,71% de aumento frente ao mês anterior. A maior queda foi verificada nas hortaliças, com -3,77% de variação no período. Na visão dos últimos 12 meses, o grupo com maior crescimento dos preços é o de aves e ovos (31,15%) e o com maior queda é o de hortaliças (-11,38%). Mas, com reflexo da catástrofe climática no Vale do Caí, a bergamota registrou a maior alta, com +21,80% de variação frente a outubro. A fruta foi vendida por uma média de R$ 9,72 o quilo.
Já entre as baixas o destaque foi o repolho, com -14,33% de variação no mês, fechando em uma média de R$ 2,99 o quilo. A cebola (-12,31%), a banana (-7,96%), o tomate (-7,90%) e a farinha de mandioca (-5,65%) também tiveram quedas relevantes na comparação com o mês anterior, impactando o PCA-RE para baixo em novembro.