Estudo mostra cenário do emprego no RS

Evolução nos grupos mulheres e negros recebeu atenção no relatório

O Departamento de Economia e Estatística (DEE) divulgou nesta semana um artigo a respeito da evolução do mercado de trabalho no Rio Grande do Sul em cinco anos. O estudo “Desocupação no Rio Grande Do Sul: uma síntese da experiência do período 2019-2023” foi elaborado pelo pesquisador Raul Luís Assumpção Bastos, a partir de dados anuais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE.

Entre os aspectos que chamam atenção está a diminuição da tendência ao desemprego entre as mulheres. Embora apresentassem 74,83% mais chances de estarem desocupadas do que os homens em 2023, elas diminuíram a diferença que era vista em 2019, quando o percentual era de 99,95%.

Outro aspecto da desocupação no Rio Grande do Sul investigado é a ocorrência de ampliação ou redução das desigualdades sociodemográficas em diferentes grupos populacionais. Foram analisados recortes variados da força de trabalho, destacando-se a queda da taxa de desocupação entre as mulheres em relação aos homens.

Desemprego por idade e na cidade
No que compete ao recorte da força de trabalho por idade, aconteceu uma redução da taxa de desocupação em cinco dos seis grupos etários analisados, sendo exceção apenas o grupo de idosos. A maior retração foi identificada entre os adolescentes de 14 a 17 anos, devido ao aumento do seu contingente de ocupados combinado à retração de sua força de trabalho. Em 2023, a menor taxa de desocupação foi registrada na faixa etária de 45 a 59 anos. Analisando o recorte sociodemográfico por situação do domicílio, o artigo evidencia que a desocupação é um fenômeno eminentemente urbano, uma vez que 93,5% dos desocupados, em 2019, residiam na cidade.

Mais emprego aos negros
No recorte por cor, o documento mostra que houve maior queda da taxa de desocupação entre negros, em comparação aos brancos, na comparação de 2019 com 2023. O hiato da taxa de desocupação entre os dois grupos populacionais, desfavorável aos negros, diminuiu de 4,5 pontos percentuais em 2019 para 1,8 ponto percentual em 2023, evidenciando a tendência de redução contínua dessa disparidade.

Tendências recentes
Em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, a taxa de desocupação (TD) no Rio Grande do Sul alcançou 9,4%, o nível máximo da série temporal iniciada em 2012. Além dos efeitos da crise sanitária, a severa estiagem pela qual passava o Estado agravou o quadro de empregos no período. A recuperação gradual das atividades econômicas nos anos seguintes, entretanto, reduziu a taxa de desocupação, que atingiu o percentual de 5,4% em 2023, o segundo mais baixo da série.

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