Prevenção. Durante os dias de folia, os cuidados precisam ser redobrados para evitar a proliferação do mosquito
Durante o período carnavalesco, grande parte da população fecha suas residências para aproveitar o feriadão na praia ou realizar aquela viagem para outros estados. Na euforia do clima, muitos esquecem os perigos que a data representa para a infestação de Aedes aegypti, mosquito transmissor do vírus da dengue, zika e febre chikungunya, o que ressalta a importância de alguns cuidados essenciais em nome da saúde coletiva.
Neste ano, a Vigilância Sanitária de Montenegro já registrou 38 focos do mosquito e dois casos de dengue importada. Até ontem, 27, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) confirmou 24 casos no RS, sendo nove autóctones (contraídos em território gaúcho) e 15 importados, além de outras 72 suspeitas. “Nós continuamos desenvolvendo nosso trabalho de conscientização na cidade e, durante esse período, ressaltamos a importância das ações de prevenção”, disse a chefe da Vigilância, Silvana Schons.
Para curtir o Carnaval sem dores de cabeça, é recomendável que se faça uma faxina dentro de casa, no jardim e no quintal, eliminando os possíveis criadouros do mosquito, que precisa de sete dias para proliferar. Antes de viajar, é necessário limpar tudo, com foco no acúmulo de lixo no quintal, na cobertura de tonéis e caixas d’água e nos vasos de plantas que não podem ficar sem areia. “Para quem vai viajar para regiões endêmicas do País, como alguns estados do Nordeste e municípios do Rio de Janeiro, por exemplo, a orientação é caprichar no uso repelente. Na volta, caso surja algum sintoma, é preciso procurar ajudar médica e informar que esteve fora”, orienta Silvana.
Nas festas os foliões também devem ter atenção ao descarte de latas, copos e garrafas, já que esses objetos e utensílio podem acumular água e devem ser jogados em lixeiras e depósitos adequados. Nas casas, o cuidado é com a vedação das caixas d’água, para evitar que se tornem criadouros do mosquito da dengue.
Casos de dengue aumentam
Nesta semana, o Ministério da Saúde divulgou um novo balanço sobre as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypt. Em comparação com 2018, houve um aumento de 149% dos casos de dengue. Já os casos de zika e chikungunya tiveram uma redução.
Até 02 de fevereiro, foram notificados 630 casos de zika em todo o país, com uma redução de 18% em relação ao mesmo período de 2018. Em relação aos casos de chikungunya, o Brasil apontou redução de 51%.
A Região Sudeste concentra o maior número de casos. São 32.821 do total de casos registrados no país em 2019. Apesar disso, a Região Sul foi a que registrou o maior aumento no número de casos: 597,7%, passando de 258 para 1.800 casos prováveis. Em relação ao número de mortes por dengue, o país registrou, até o momento, cinco mortes, sendo: Tocantins (1), São Paulo (1), Goiás (2) e Distrito Federal (1).
Atenção aos sintomas
O vírus da dengue possui quatro variações: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4, porém, todos causam os mesmos sintomas, que surgem entre três e 15 dias após a picada pelo mosquito infectado. Os principais sinais são:
-Febre alta com início súbito (entre 39º a 40º C);
-Forte dor de cabeça;
-Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos;
-Manchas e erupções na pele, pelo corpo todo, normalmente com coceiras;
-Extremo cansaço;
-Moleza e dor no corpo;
-Muitas dores nos ossos e articulações;
-Náuseas e vômitos;
-Tontura;
-Perda de apetite e paladar;
-Quais os bairros
Onde fazer o teste das doenças do Aedes
Na rede pública de saúde, a população pode contar com o teste rápido para identificar as doenças do Aedes aegypit nas Unidades Básicas (UBS) de Saúde, que oferecem o serviço gratuitamente. Confira os horários de atendimento de segunda-feira a sexta-feira:
-Na UBS Centro, das 8h às 12h;
-Na UBS do Timbaúva, das 8h até às 16h;
-Na vigilância epidemiológica das 8h até 16h.