Sempre é dia de pensar na saúde das mulheres

A Semana da Mulher está chegando ao fim, mas sempre é tempo de lembrar a importância delas cuidarem da própria saúde. As mulheres são, aliás, conhecidas por serem mais atentas ao próprio corpo e fazerem visitas mais regulares ao médico. Uma pesquisa lançada pela União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas) apresentou dados quanto a essa dedicação. Por ano, em média, os homens vão 4,1 vezes ao médico enquanto, entre elas, a média sobe para 5,7 vezes. Os pedidos por exames costumam ser na mesma proporção, mas eles fazem 19,4 e elas 27,9 exames.

Esse cuidado e acompanhamento do próprio corpo se reflete na prevenção de doenças, algo decisivo para o tratamento precoce e a sobrevivência da mulher em muitos casos. Um deles é quando se trata do câncer de mama. Através do autoexame da mama, a mulher conhece seu corpo e percebe quando algo muda. Porém, o autoexame, apesar de extremamente indicado pelos médicos, não pode ser o único cuidado preventivo ao câncer de mama.

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Túlio Farret, Ginecologista e Mastologista
Tag de imagem: Túlio Farret, saúde da mulher, câncer de mama, prevenção, semana da mulher Foto: Arquivo pessoal

O médico ginecologista e mastologista Túlio Farret explica que o autoexame das mamas tem sua importância no sentido de que a mulher deve saber como é o seu corpo, sem nenhuma alteração perceptível, para que quando ocorrer alguma alteração de seu estado normal, ela possa reconhecer. “No entanto, não há mais a preconização de que o exame seja realizado rigorosamente dentro de um período ou com técnica específica. Além disso, de maneira alguma, o autoexame deve substituir a visita ao médico ou a realização da mamografia anual, a partir dos 40 anos”, indica Farret. O exame clínico das mamas deve ser realizado toda vez que a mulher vai ao seu ginecologista ou mastologista para consulta de rotina. E a mamografia deve ocorrer anualmente a partir dos 40 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia.

Quando há parentes de 1º grau – mãe ou irmã, por exemplo – com história de câncer de mama, a realização da mamografia de rastreamento deve iniciar 10 anos antes do caso familiar. Ou seja, se a mãe teve diagnóstico de câncer de mama aos 45 anos, a filha deve iniciar o rastreamento com 35 anos. Já aquelas mulheres que passaram por uma ocorrência de câncer de mama permanecem em acompanhamento com o mastologista e o oncologista, por pelo menos cinco anos. Nesse período, a chance de retorno da doença na mama ou em outras partes do corpo é maior, e, por isto, este acompanhamento deve ser mais rigoroso.

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