Ranking da longevidade: Montenegro é querida pelos idosos

Cidade ocupa posição 104º entre as pesquisadas no índice que avaliou preparo para receber idosos

O Instituto de Longevidade Mongeral Aegon lançou a segunda edição do Índice de Desenvolvimento Urbano para a Longevidade (IDL), que tem como objetivo avaliar o preparo de 876 municípios brasileiros para a longevidade da população. Presente no estudo, Montenegro está em 104° lugar no ranking de cidades pequenas, que é composto por municípios de até 104 mil habitantes, aproximadamente. De acordo com os resultados, que levam em consideração 50 indicadores, o município apresenta preparo satisfatório para a longevidade. “O papel do IDL é ser uma ferramenta prática que contribua diretamente para que os gestores públicos desenvolvam políticas que melhorem a qualidade de vida nas cidades”, explica Henrique Noya, diretor-Executivo do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon.

Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida do brasileiro está em elevação. De acordo com a entidade, a pessoa que nascer em 2020 viverá em média 76 anos; a que nascer em 2040, até 79 e em 2060, até 81,2 anos. A evolução é tamanha que, para se ter uma ideia, quem nasceu há 14 anos, em 2000,  tem uma expectativa média de 69,8 anos. Ainda de acordo com o órgão, os idosos serão ¼ da população brasileira em 2060, teremos 26,7% da população brasileira com mais de 60 anos.

Em Montenegro existe um trabalho de apoio à terceira idade, é o Maturidade Ativa do Sesc Montenegro. O programa é destinado para pessoas a partir de 60 anos, com objetivo de oferecer ações voltadas para a promoção do envelhecimento ativo em todas as dimensões: saúde, segurança e participação social, proporcionando qualidade de vida. As diretrizes que orientam as ações estão em acordo com o Plano Internacional para o Envelhecimento e buscam equilibrar soluções para a garantia do envelhecimento bem sucedido.

O atual presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Montenegro (Apopesmont), Laurenno Renner, está com 67 anos, mora em Montenegro há 45. “Temos muitos agricultores aposentados em Montenegro, isso dá a eles uma segurança e tranquilidade e em contrapartida vivem mais e melhor”, opina. Ele é natural de Salvador do Sul e faz parte da associação desde 2003. Sua mudança ocorreu nos anos 70 em virtude do trabalho, ao ser contratado pela Antártica, onde trabalhou até 2006. “Acho Montenegro uma cidade boa de viver”, completa.

Apaixonados por Montenegro
Elena Braguini veio da cidade de Caxias do Sul com seu esposo Valdir Braguini, para morar em Montenegro há 43 anos. Elena aprecia muito o município e faz atividades físicas aproveitando as áreas verdes. Conta que recentemente visitou o morro São João. “Faço caminhada diariamente pelas ruas da cidade. Aqui tem muito verde, menos poluição e muito mais segurança do que em uma cidade grande. Sem contar o número de amizades que fizemos aqui”, comenta. Muito jovial, ela diz os meios que busca para ter mais qualidade de vida. “Estou com 65 anos e faço em média de 8 km de caminhada por dia. Adoro caminhar!” Ela ainda relata seus cuidados diários com a alimentação, que avalia ser de extrema importância, aliada aos exercícios que pratica. “Não comemos fritura, embutidos, não bebemos refrigerantes. Faço minha comida em casa, com pouca gordura e pouco sal”.

Mara Chiesa não se vê morando em outro lugar. Foto: arquivo pessoal Mara Chiesa

Afirma, ainda, que a alimentação de ambos é bem equilibrada, muitas saladas, legumes, frutas e muita água.
Valdir, hoje com 69 anos, se realizou profissionalmente em Montenegro. Ele conta que vieram para cá, na década de 70, quando foi convidado para trabalhar na Haupt São Paulo S/A. Depois foi contratado pela empresa Tanac onde trabalhou por 30 anos. “Adoro Montenegro, a cidade nos acolheu muito bem”. Ele conta que pratica caminhada com sua esposa de duas a três vezes por semana.

Mara Chiesa, 63 anos, veio da cidade de Mormaço com 18 anos, na década de 50, para estudar o Ensino Médio. “Antes de mudar para cá, vim visitar a cidade e gostei”, comenta. “Em especial onde moro é muito agradável, tem muitas árvores. Gosto daqui e não me vejo morando em outra cidade”, finaliza.

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