Cuidar da saúde física, mental e ficar com o corpo definido são alguns dos benefícios do Ballet Fit. A modalidade que alia passos da dança clássica a exercícios físicos foi criada pela ex-bailarina Betina Dantas e tem sido a opção de quem não é muito afeito à musculação. A atividade alia os exercícios praticados na academia com a técnica e estética do Ballet Clássico.
Professor de Ballet Fit na academia Equilíbrio Wellness, Ranielly Scheffer explica que a modalidade não tem restrição de idade, peso e condicionamento físico. “Se a pessoa tem alguma lesão, por exemplo, a gente adapta o exercício para não prejudicar aquela musculatura”, explica.
Os exercícios desenvolvem a musculatura, em especial das panturrilhas, pernas, glúteos e abdômen. A flexibilidade também é trabalhada, pois junto das propostas realizadas que exigem esforço físico são misturados movimentos que alongam os músculos. “O objetivo da aula não é ser bailarino, mas fortalecer a musculatura e melhorar a flexibilidade”, reforça o professor.
“É interessante porque trabalha muito a coordenação motora também”. Isso acontece porque os exercícios são realizados de forma mais leve e focada, com impacto reduzido e atenção total ao grupo muscular que está sendo trabalhado. Essa característica torna o Ballet Fitness uma prática funcional, facilitando atividades do dia a dia, como levantar e abaixar, evitando as temidas lesões.
Ranielly conta que tem alunos de várias idades, divididos nas turmas semamais da academia. “A mais novinha tem oito anos e tem gente de mais de 60 anos que faz aula”. A recomendação é de que o aluno use uma roupa confortável, que não o impeça de realizar movimentos de maior amplitude. Também é ideal usar sapatilhas de Ballet ou meias e que cabelos longos estejam presos.
Alternativa à musculação
As arquitetas Karina Daudt, 35 e Gisele Lermen, 37, começaram juntas as aulas de Ballet Fit e contam que já sentem os resultados. “Você sente que os músculos doem uns dois dias depois. É perceptível que mexe com a musculatura”, diz Karina.
Para ela, as aulas semanais são uma alternativa ao alongamento e à musculação, atividade da qual não gosta. “Essa é uma aula mais dinâmica e que te exige muito”. Ela, que nunca havia dançado antes, conta que isso não é impedimento para se jogar na dança. “A intenção não é dançar para uma apresentação, então a gente não se sente mal, porque a maioria das pessoas nunca dançou. Mas quando estamos fazendo um movimento errado, o professor vem e corrige, ajuda”.
A dança foi o principal motivador para Gisele começar as aulas. “Eu sempre gostei de dançar. Faço Ballet desde criança e aqui encontrei uma forma de aliar a dança ao exercício físico. Acabou juntando as duas coisas”, diz.
Como surgiu
A modalidade de exercício físico Ballet Fitness foi criada pela ex-bailarina Betina Dantas que após ter uma torção no tornozelo ficou impossibilitada de dançar na sapatilha de ponta. Sendo uma amante da dança e não querendo deixar de praticar sua arte, ela começou a misturar exercícios que realizava na academia com a técnica e estética do Ballet Clássico, e foi assim que ele se originou.
A modalidade foi criada há 10 anos e promete queimar mais de 700 calorias em meia hora de exercícios. Atividades como giros e saltos característicos do Ballet não são utilizados. Mas as aulas agregam levantamento de pernas, alongamentos e posicionamento de mãos, por exemplo.