Orgânicos: como cuidar da saúde comendo melhor

Café da manhã, almoço ou jantar. Alimentação mais saudável garante maior qualidade de vida aos consumidores

Começar a manhã de forma positiva pode ser o diferencial para ter um dia saudável e produtivo. Após passar horas dormindo, sem ingerir nenhum alimento, a primeira refeição é essencial para o funcionamento harmônico do corpo e da mente. A cultura alimentar e a correria cotidiana parecem impor a preferência por alimentos de preparação rápida. Porém o que não se percebe é que essas escolhas geram um desequilíbrio no organismo. As consequências são o ganho de peso e as doenças.

DIONE trabalha com a culinária há oito anos e garante que é possível ter uma alimentação saudável, mas é necessário investir na readaptação

Dione Fobricht, de 47 anos, trabalha com a culinária há oito anos e garante que muitas pessoas gostariam de mudar o hábito de comer pão pela manhã, por exemplo, mas, por não conhecerem outras opções rápidas e gostosas, não conseguem sair desta rotina. “Temos o pão integral que é bem melhor, mas é difícil de se habituar. É uma readaptação alimentar”, diz. A questão é que existem alternativas saudáveis e práticas para ter refeições nutritivas, mas a sua produção não é tão apoiada e os adeptos ainda não são maioria.

O consumo de pão ou biscoitos, principalmente aqueles feitos com farinha de trigo refinada (branca), que é pobre em nutrientes e fibras, não fornece carboidrato de qualidade para ser transformado em energia e manter o funcionamento do corpo em ordem. “No caso do açúcar, é a mesma coisa. É muito mais valido consumir o tipo mascavo. Porém esses produtos são mais caros e isso também faz com que não sejam tão consumidos”, comenta Dione.

MARIA é dona de casa e diz que é preciso mudar a alimentação aos poucos, para que o organismo se habitue

A dona de casa Maria Helena Esswein, de 66 anos, se preocupa bastante com os hábitos alimentares. Esta semana, ela compareceu a um café colonial especial na Casa do Produtor Rural e exaltou o uso de alimentos orgânicos nas receitas. Ter uma alimentação saudável, para ela, não é das tarefas mais fáceis, mas também não é impossível. “A tradição é de se alimentar bem e isso se confunde com comer muita carne, gordura, sal. Isso faz mal. Mas estou tentando me adequar na hora de preparar as refeições”, afirma.

O primeiro passo para mudar é fugir do senso comum. A segunda dica de alimentação de Maria é seguir a estratégia da adição, ou seja, incluir alimentos saudáveis na rotina ao invés de excluir o que você gosta. “Aos poucos, a qualidade nutricional dos alimentos vai devolvendo a capacidade de escolher com consciência o que comer. Se tirar tudo de uma vez só, a alimentação saudável dura, no máximo, uma semana, pois o corpo da gente não se acostuma tão fácil a ficar sem esses alimentos”, reflete.

substitua
Tanto Maria Helena quanto Dione deixaram algumas dicas de produtos que podem ser substituídos por alimentos orgânicos. Ambas afirmaram também
que a maior dificuldade é encontrar estes itens, já que são poucos os fornecedores. E quando se acha, os valores nem sempre são atraentes.

Leite integral: rico em cálcio, que ajuda a fortalecer os ossos. Porém, possui muitos açúcares e gorduras em sua composição, devendo ser evitado por quem quer perder peso.
Trocar por:
Leite desnatado: não tem gordura, tem poucas calorias e conserva os nutrientes, sendo ideal para a dieta. Além disso, possui quantidades similares de proteínas, fósforo, potássio e até o mesmo de cálcio que o leite integral.
Leites vegetais: seguros para quem tem intolerância à lactose e uma alternativa econômica.

Pão branco: também conhecido como pão francês ou pão de sal. É rico em carboidratos simples e apresenta alto índice glicêmico.
Trocar por:
Pão integral: Contém fibras que diminuem o índice glicêmico. Além disso, são mantidas as vitaminas e os minerais dos cereais durante sua fabricação.
Tapioca: opção sem glúten, mas como não tem fibras, é ideal combiná-la com uma proteína magra ou fibras.
Pão de queijo de frigideira: sem glúten e cheio de proteína.

Açúcar refinado: É resultado de um processo químico, é pobre em nutrientes e rico em calorias.
Trocar por:
Açúcar mascavo: ele preserva nutrientes, como vitaminas e minerais, benéficos à saúde. É o açúcar bruto. Mas continua sendo calórico.
Mel: rico em muitos nutrientes, inclusive possui antioxidantes.
Açúcar de coco: possui vitaminas e é rico em nutrientes como zinco, ferro e potássio.

Queijo amarelo: apesar de saboroso, o queijo amarelo possui alto teor calórico.
Trocar por:
Queijo branco: ele é o queijo mais magro e tem opção livre de lactose. Ricota e minas também são recomendados.

Suco de caixinha e refrigerante: a maior parte das bebidas contém açúcar e aditivos químicos.
Trocar por:
Suco natural: o suco ajuda nosso corpo a assimilar os valiosos nutrientes encontrados nos alimentos. Opte por tomá-los sem adição de açúcar e não exagere, pois tem calorias. Frutas, e até algumas verduras, servem de ingredientes para as bebidas.
Água: essencial para manter as funções vitais do organismo.
Água de coco: rica em potássio e outros nutrientes. Tem poucas calorias.
Chás: trazem diversos benefícios. Alguns, como o chá verde ou o de hibisco, ajudam a emagrecer, por exemplo. Outros, como hortelã e camomila, servem como calmantes naturais.

Sal: consumido em excesso, pode levar ao aumento da pressão sanguínea e a doenças renais, cardíacas e cerebrais, como o infarto e o AVC (derrame).
Trocar por:
Outros temperos: abuse dos temperos e ervas como alho, cebola e alecrim. Para aromatizar o sal e fazê-lo render, adicione ervas secas a ele.

Frituras: são ricas em gorduras e são muito calóricas.
Trocar por:
Grelhados e assados: preservam os nutrientes dos alimentos, possuem menos calorias e controlam o colesterol.

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