A morte da icônica jornalista Glória Maria, aos 73 anos, no dia 2 de fevereiro, tem um aspecto impressionante e pouco conhecido, de como câncer no pulmão chegou ao cérebro. Apesar da causa não ter sido confirmada por médicos e família, era de conhecimento que ela lutava contra um câncer; diagnosticado – há quatro anos – inicialmente nos pulmões. O quadro de saúde se agravou nos últimos dias, após a doença ressurgir no cérebro.
Falando nas tão citadas Metástases, que são células cancerígenas que se espalham por outros órgãos, o Pós PhD Neurocientista, doutor Fabiano de Abreu Agrela, lembra que, quando surgidas no orgão respiratório são uma das que mais têm capacidade de se espalhar pelo corpo. “O câncer de pulmão é um dos cânceres com maior probabilidade de se espalhar para o cérebro”, define.
Ainda de acordo com o médico, aproximadamente 10% dos pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (NSCLC) têm metástases cerebrais no diagnóstico inicial; e até 40% acabarão desenvolvendo tumores cerebrais durante a doença. O caso é diferente do câncer cerebral, que se origina no órgão com células cancerígenas cerebrais. As metástases cerebrais do câncer que migram dos pulmões ocorrem quando as células cancerígenas se desprendem do tumor primário e entram na corrente sanguínea. Outra forma de contagio é viajarem pelo sistema linfático até o cérebro, onde se multiplicam.
Segundo o especialista, à medida que os tumores cerebrais metastáticos crescem, eles podem danificar diretamente as células ou afetar o cérebro indiretamente, comprimindo partes dele ou causando inchaço e aumento da pressão dentro do crânio. Os primeiros sinais de alerta podem ser sutis e facilmente atribuídos a outras causas, incluindo quimioterapia.
A pauta é uma sugestão da agência MF Press Global e MF Press Global, com Press Release de Adriana Quintairos.