Aquele futebolzinho de final de semana. A corrida praticada quando sobra um tempinho. Ou então aquelas idas esporádicas à academia. Praticar exercícios físicos é ótimo para a saúde, mas expõe o “atleta de final de semana” às lesões do esporte. Cada modalidade tem seus riscos específicos e formas para evitar contusões.
O fisioterapeuta Luís Goulart explica que cada esporte tem suas peculiaridades. O futebol, por ser uma atividade coletiva e de impacto, possui risco de lesões musculares, ligamentares e fraturas. Já o tênis, por exemplo, além das lesões musculares e entorses, também predispõe seus jogadores às tendinites. Já o vôlei intensifica o risco de lesões de ombro, das mãos e coluna.
Considerando o futebol, tão praticado pelos brasileiros, as lesões mais comuns são os entorses de tornozelo. Esses apresentam três graus (1,2 e 3) conforme a gravidade. “Eles provocam o estiramento dos ligamentos e até ruptura, sendo mais comuns as de ligamentos laterais do tornozelo”, explica Goulart.
Aqueles que possuem uma pisada supinada – colocam o peso do corpo mais sobre a parte externa do pé – têm maior chance de apresentar um entorse. “O tratamento nesses casos é feito com imobilização, repouso, gelo e fisioterapia. Em alguns casos até cirurgia. Hoje utilizamos muito palmilhas esportivas e ou posturais para melhorar essa pisada e evitar os entorses”, destaca o especialista.
Existem outras lesões que se apresentam na prática esportiva, porém, com frequência inferior. Lesão de adutor, pubalgia – dor na região baixa do abdômen e na virilha – e dores lombares. O tempo de recuperação nesses casos também varia conforme o grau da lesão. Na melhor das hipóteses, em três semanas o esportista está bem. Mas, há casos em que o tratamento se estende por três meses, de acordo com o fisioterapeuta.
Melhor prevenir para continuar praticando
A fisioterapia também age de forma preventiva nas lesões do esporte. São utilizados exercícios proprioceptivos – melhoram a percepção ou sensibilidade da posição, deslocamento, equilíbrio, peso e distribuição do próprio corpo. A fisioterapia coloca as estruturas recuperadas em risco controlado, para informar ao cérebro que o corpo está pronto para voltar à sua atividade e assim diminuir os riscos de reincidência
“Os atletas de final de semana precisam lembrar-se da importância do alongamento, aquecimento antes da prática esportiva, evitando assim as lesões de final de semana”, defende Luís Goulart. O alongamento aumenta a mobilidade dos tecidos moles, melhorando a flexibilidade e a amplitude de movimento, diminuindo risco de lesões.