Eventos foram realizados na última sexta-feira reunindo especialistas para falar sobre políticas públicas nas duas áreas
Com o objetivo de elaborar diretrizes para o fortalecimento de programas e ações na implementação de políticas públicas, efetivando os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), foram realizadas na última sexta-feira duas conferências importantes na área da saúde: a 1ª Conferência da Saúde da Mulher e a 1ª de Vigilância em Saúde. Representantes de diferentes setores da saúde acompanharam as palestras e debateram os temas que serão levados às conferências estadual e nacional.
Ainda durante a manhã, Angelise Martins, diretora de Atenção à Saúde da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV), falou sobre o empoderamento das mulheres a partir de políticas públicas. Trazendo modelos que já foram implementados em outros municípios, como o de Sapucaia do Sul, no tratamento de câncer de mama.
Para ela, existem três temporadas para que as iniciativas possam ser formalizadas, passando desde a vontade política, envolvimento de diferentes setores da saúde e, principalmente, identificando o público-alvo e formalizando um espaço de acolhimento em todas as instâncias.
O segundo evento do dia foi a Conferência de Vigilância Ambiental, que contou com a palestra do especialista em Vigilância Ambiental em Saúde do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), Jader da Cruz Cardoso. A ideia é de fortalecer os programas e ações da área no setor público.
De acordo com a chefe da Vigilância Sanitária de Montenegro, Silvana Schons, os dois eventos foram realizados juntamente para otimizar as discussões.
“O retorno principal é de que as propostas retiradas vão servir de norteador para o gestor da saúde e prefeito, para saber de que forma investir os recursos e o que os técnicos de saúde pensam que a saúde deve ser conduzida”, explica ela.
Eventos definem metas para gestores
Saúde das Mulheres: Desafios para a Integralidade com Equidade, esse foi o tema central dos debates durante toda a sexta-feira. A partir desta temática foram discutidos subtemas como a situação da saúde da mulher e os determinantes econômicos, sociais e ambientais do adoecimento; o papel do estado no desenvolvimento socioeconômico ambiental e seus reflexos na vida e na saúde das mulheres; o mundo do trabalho e suas consequências na vida e na saúde das mulheres; vulnerabilidades e equidade na vida e na saúde das mulheres e as políticas públicas para mulheres e a participação social.
No caso da Conferência de Vigilância Ambiental, o tema norteador das discussões foi Vigilância em Saúde: direito, conquistas e defesa de um SUS público de qualidade. A partir daí serão debatidos os eixos temáticos: O papel da vigilância em saúde na integralidade do cuidado individual e coletivo em toda a Rede de Atenção à Saúde; responsabilidade do Estado e dos governos com a vigilância em saúde; monitoramento de vetores e de agentes causadores de doenças e agravos.
A 1ª Conferência Estadual da Saúde da Mulher será realizada entre os dias 9 e 11 de junho, em Porto Alegre. E o debate nacional será em agosto, de 1º a 4, com a 2ª Conferência Nacional da Saúde da Mulher, em Brasília.
Já a de Vigilância em Saúde será nos dias 21 e 24 de novembro de 2017, em Brasília. As etapas estaduais serão de 1º de setembro a 21 de outubro.