Calor e chuva: ambiente preferido do Aedes Aegypti

O paraíso do Aedes Aegypti é aqui. Parece brincadeira, mas vivemos no momento o clima favorito desse mosquito, transmissor de dengue, zika vírus e chikungunya. O tempo chuvoso, que favorece o acúmulo de água parada e a temperatura de amena para quente, que acelera a reprodução do mosquito. E isso traz preocupação, mesmo que ainda estejamos distantes do período considerado crítico – de dezembro a abril – no qual mais focos com larvas do mosquito surgem e os casos da doença costumam começar a aparecer.

Silvana Schons, Chefe da Vigilância Sanitária de Montenegro, explica que se trata de um momento preocupante. “O mosquito gosta de clima quente. No calor há mais proliferação enquanto, na temporada mais fria essa reprodução é mais lenta”, diz. Nos últimos meses, não foi registrada a presença de nenhum foco do Aedes Aegypti em Montenegro. O que não diminui a atenção da equipe da Vigilância. Agora se realiza o Levantamento de Índice Rápido para Aedes Aegypti (LIRA).

Outra razão que deve manter a população em alerta é o recente temporal ocorrido na cidade e o rastro de lixo e entulhos pelas ruas. “Esses resíduas servem de criadouros porque mantêm água parada. Quando ficam em terrenos baldios ainda mais”, diz Silvana, citando que nesses locais, sem moradores, muitas vezes não se percebe o a ocorrência da água parada e surge um foco do mosquito.

O Aedes Aegypti prefere depositar seus ovos em locais artificiais. Por isso, a necessidade de cuidar, especialmente de pneus, garrafas ou qualquer recipiente que acumule água. As áreas urbanas são especialmente atingidas por haver maior acúmulo desse lixo. “Falamos em área urbana, porém, qualquer localidade com acúmulo de pessoas se adéqua. Porque onde há pessoas, há acúmulo de lixo”, ressalta Silvana.

Todos contra a dengue
Apesar dos esforços dos profissionais e da imprensa em divulgar as ações necessárias para manter o Aedes Aegypti controlado, a desinformação ainda aparenta ser muito grande. É a conclusão que Chefe da Vigilância Sanitária de Montenegro chegou após observar a pesquisa que uma estudante de biologia faz junto ao trabalho dos agentes de saúde. “É comum a gente achar que a população já está ciente dessa questão e sempre atenta. Mas não foi o que demonstrou a pesquisa. As pessoas ainda demonstram desconhecimento e precisam de orientações sempre”, ressalta.
Também em função disso, de 27 a 28 de outubro ocorrerá a Semana de Prevenção e Controle ao Aedes Aegypti, com ações de esclarecimento. A Chefe da Vigilância Sanitária de Montenegro também lembra que seguem as visitações às casas e palestras sobre o tema, inclusive em empresas

clima quente e úmido favorece a proliferação do mosquito

Mantenha o Aedes Aegypti longe
– Não use pratinhos sob os vasos de plantas ou coloque areia para não deixar água parada;
– Se acumulou água no pratinho de planta, lave-o com escova, água e sabão;
– Mantenha a lixeira externa bem fechada para não acumular água da chuva;
– Guarde garrafas em local protegido da chuva ou virada para baixo;
– Cuidado com as piscinas, principalmente as sem motor para movimentar a água. A colocação de cloro na água é importante;
– Não deixe lixo acumulado nos pátios nem jogue na rua;
– Limpe as calhas para que elas não represem água;
– Lave os potinhos de água e comida do cachorro esfregando bem nas bordas;
– Não deixe pneus em áreas abertas. Eles acumulam água e comumente são focos do Aedes Aegypti;
– Cuide dos botes de água dos cães comunitários. Eles também devem ser limpos.

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