Bolacha pode? Depende das suas escolhas

Na hora do lanche, é mais fácil abrir um pacotinho com biscoitos do que preparar uma salada ou descascar uma fruta. A indústria sabe disso, basta olhar as gôndolas do supermercado. Cada vez mais são lançados produtos práticos e rápidos de consumir, já fracionados para que pessoas com diferentes hábitos de consumo as comprem. Bolacha Maria, água e sal, barra de cereal, biscoito de arroz ou os com recheio. Opções não faltam. Nem todos, porém, conseguem unir a praticidade com o saudável.

Foto: reprodução internet

Conversamos com a nutricionista Cristiane Junges para identificar quais dessas opções são as mais indicadas e como consumir sem exageros que comprometam o plano alimentar. Ela destaca que fazer pequenos lanches entre as grandes refeições é um ótimo hábito, desde que sejam feitas boas escolhas. “Uma alimentação saudável deve ser fracionada, variada em nutrientes e com certeza saborosa. Devemos nos alimentar de cinco a seis vezes ao dia. Temos as grandes refeições, café da manhã, almoço e jantar. Já as demais podem ser menores e devem enriquecer nossa ingestão. Por isso, a importância de serem compostas por frutas, barras de cereais, castanhas, e iogurtes”, entre outros”, diz Cristiane.

O maior entrave disto, é falta de hábito e a busca pela praticidade. “Às vezes, ter um pacote de biscoito é mais fácil. Agora com o frio, até apetece mais do que uma bergamota, por exemplo. No entanto, nosso corpo precisa de vitaminas, sais minerais e fibras para manter o adequado funcionamento. E tudo isto, encontramos nas frutas e alimentos integrais”, enfatiza a especialista. Apesar de ser muito prática, as bolachas ou biscoitos em geral não são as opções mais saudáveis e nutritivas para a hora do lanche. Não é errado consumi-lo, mas é possível oferecer alimentos melhores ao organismo.

Muitas marcas estão lançando produtos com a expressão “fit”, indicando que ele faz parte de uma linha mais saudável. É bom sempre ler o rótulo e avaliar o que ele contém, mas, de forma geral, Cristiane Junges considera que eles são alternativas melhores. “O biscoito fit já é uma opção mais saudável, pois na composição temos produtos integrais, frutas e açúcares menos refinados. Além de saciar a fome, nutrem nosso corpo”, diz ela.

Não há como negar que as barrinhas de cereais caíram no gosto de muitas pessoas. Elas são fáceis de serem transportadas, podem ser levadas na bolsa, ficar por dias na gaveta do escritório, enfim, é um alimento que se adaptou muito bem à correria da vida moderna. No entanto, lembra Cristiane, é preciso consumir com cuidado, assim como qualquer outra fonte de energia. A barra de cereais tem que ser consumida com moderação e jamais ser usada para substituir refeições.

Isso porque ela não tem qualidades nutritivas para substituir refeições e, o melhor horário para comê-las, é como lanche da manhã ou da tarde. “Assim como as frutas, iogurte ou, ainda, um pedaço de queijo branco, a barra de cereais é indicada para os lanchinhos como uma forma de variar na dieta”, diz Cristiane Junges. Vale alertar que sempre que possível é preferível optar por um lanchinho natural. Isso não quer dizer que os produtos industrializados são ruins, mas não devem ser prioritários.

A composição nutricional das barras de cereais depende muito de cada produto, uma vez que a variedade no mercado é bastante ampla. De modo geral, elas são produtos energéticos, apropriados para o consumo anterior a atividade física, ou então rica em fibras, contribuindo para a regularização do trânsito intestinal.

O alimento é um combustível para o corpo
Quando o ser humano sente fome ele não deve consumir qualquer alimento, simplesmente para sanar uma sensação. É preciso escolher e não comer por impulso. Avaliar o que o organismo está precisando é algo que, na hora da fome, por praticidade, raramente é feito.

Barra de cereal pode ser boa alternativa, dependendo da composição. Foto: reprodução internet

“O alimento é verdadeiramente nosso combustível. Então, devemos dar a ele a devida atenção, para desta forma, garantir o perfeito funcionamento da máquina, o nosso corpo. Além, disso prolongar a saúde e uma vida de qualidade”, enfatiza a nutricionista.

Além de oferecer uma alimentação adequada ao corpo humano, é preciso mantê-lo hidratado. E na atual estação, torna-se mais difícil de ingerir água. Cristiane lembra que se tomamos pelo menos um banho ao dia para limpar o corpo por fora, a ingestão de água é o que realiza a limpeza interna. A saúde depende de cada um respeitar as necessidades do corpo.

E o biscoito de arroz?

Segundo Cristiane Junges, é uma boa opção para quem deseja controlar as calorias e quantidade de gordura da dieta. Pode ser consumido no café da manhã substituindo o pão ou entre as principais refeições, como lanche. Acompanhado por geleia, o biscoito também pode ser ingerido no pré-treino, pelo menos 30 minutos antes dos exercícios. A combinação garante os carboidratos e energia que o organismo precisa antes da atividade física. Requeijão light e queijos magros, como ricota, também são alternativas saudáveis.

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Saudável, o biscoito de arroz é uma boa opção. Foto: reprodução internet

Bolacha recheada é péssima escolha
O consumo de apenas dois biscoitos de muitas marcas significa a ingestão de 10% da dose diária recomendada de gordura saturada. Por ser um alimento voltado para o público infantil, a quantidade é excessiva. Além de ser preciso um controle rígido no consumo de gordura saturada, a gordura trans também deve ser evitada. Bem como, o excesso de açucares e aditivos químicos. “Então, aqui pesa o bom senso. Podemos ingerir, mas em pequena quantidade e esporadicamente. E primar, cada vez mais por uma vida saudável, com atividade física e bons hábitos alimentares”, orienta a especialista. Vale lembrar que os adultos de hoje consomem porque na infância foram apresentados à guloseima. Então, quem tem filhos, deve educá-los também nutricionalmente, apresentando-os para opções mais saudáveis.

 

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