A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta semana, o registro de dois novos medicamentos: Strensiq e Soliqua. O Strensiq é composto pela enzima de reposição alfa-asfotase e é utilizado no tratamento de pacientes com hipofosfatasia (HPP) de início perinatal/infantil e juvenil. Já o Soliqua é composto por duas moléculas – a insulina glargina e a lixisenatida – em sua formulação. Ele é indicado para o tratamento de diabetes mellitus tipo 2 e será uma opção adicional, em caneta aplicadora, para o controle glicêmico de diabéticos.
De acordo com a Anvisa, o remédio deverá ser usado em adultos para melhorar o controle glicêmico quando outras opções de tratamento não estejam mais funcionando. A partir de agora, o produto segue para uma definição de preço que deverá ser aprovada por órgão vinculado ao Ministério da Saúde. Depois disso, poderá ser comercializado pelo país.
A diabetes mellitus do tipo 2 representa 90% dos casos. Segundo dados do Ministério da Saúde, suas causas estão vinculadas à genética, o envelhecimento, o excesso de peso e o sedentarismo. Mais de 250 milhões de pessoas são atingidos pela doença no mundo, sendo mais de 10 milhões no Brasil.
A hipofosfatasia é uma doença rara genética que afeta especialmente crianças, provocando deformações e fraturas e perda prematura dos dentes de leite. Essa doença é passada para os filhos na forma de herança genética, como o resultado de alterações em um gene relacionado com a calcificação dos ossos e desenvolvimento dos dentes, prejudicando a mineralização dos ossos, e não tem cura. A reposição dessa enzima após tratamento com Strensiq reduz os níveis de substrato da enzima que ocasiona a inibição da mineralização dos ossos.