A Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Caí (Ecocitrus) recebeu uma visita técnica da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Na segunda-feira, 27, os representantes do Instituto buscaram conhecer as operações da cooperativa montenegrina. Querem usar os conhecimentos da empresa para expandir a citricultura orgânica nos assentamentos gaúchos.
“Sermos referência é um reconhecimento de 25 anos de trabalho sério e comprometido. Estamos sempre abertos para trocar experiências e fomentar a expansão da produção de citros orgânicos”, destacou o gerente institucional da Ecocitrus, Ernesto Kasper. A equipe do Incra conheceu as instalações da agroindústria da empresa, onde são produzidos os sucos e óleos essenciais, em Potreiro Grande; e também a usina de compostagem, no Passo da Serra.
Houve almoço, com a presença do prefeito Kadu Müller e, então, uma visita à propriedade do associado Luís Carlos Laux. Foi onde os visitantes puderam conhecer, na prática, uma produção de citros orgânicos consolidada. “Vimos uma realidade muito superior do que imaginávamos. Certamente há um futuro muito promissor”, salientou o superintendente regional do Instituto, Tarso Teixeira. “Sou um apaixonado por cooperativismo e acho que a Ecocitrus é um exemplo”. Ele também é o atual vice-presidente da Farsul. Salientou que a fruticultura orgânica é possibilidade de diversificação de renda para as mais de 12 mil famílias que vivem em assentamentos por todo o Rio Grande do Sul.
Representantes da Embrapa e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento também estavam presentes no encontro e são parceiros da iniciativa. Daqui pra frente, as entidades devem se juntar para encaminhar um projeto focando na qualificação técnica das famílias assentadas e, então, na possibilidade de abertura de crédito e financiamento especial para o incentivo da atividade. Os frutos estão por vir.