Sérgio Souza: “As promessas estão gravadas e eu vou cobrar”

A rodada de entrevistas com os vereadores eleitos para o parlamento montenegrino continua; e, no estúdio da Rádio Ibiá Web, conversamos com Sérgio Souza, o terceiro mais votado nas eleições do último dia 15. Do PSB, Sérgio fez sua campanha alicerçada na carreira de 12 anos de servidor público, como motorista na secretaria de Saúde e, mais recentemente, chefe do Setor de Remoções. Na atual legislatura, ele já é vereador suplente pelo PDT. Confira os principais momentos dessa conversa:

Jornal Ibiá: Pra quem não lhe conheça, nos conte a trajetória, vereador, como servidor público até o Setor de Remoções.
Sérgio Souza:
Eu trabalho na secretaria da Saúde já há um tempo e sempre trabalhei com o transporte. Já tinha trabalhado em 2014 como chefe de Remoções, onde a gente fez um trabalho, e quando o Kadu assumiu, ele me convidou para colocar em ordem o setor. Foi o que a gente fez. Durante um ano e meio, eu chefiei as Remoções, antes da eleição e a gente fez um trabalho de renovação, com vários carros novos, conserto de veículos, horários diferenciados de acordo com a enfermidade dos pacientes; e isso foi reconhecido. A gente pegou tudo sucateado; num total de 25 veículos, tínhamos 16 quebrados quando o Kadu assumiu e fizemos uma renovação. O prefeito comprou dez carros novos pra nós e isso respaldou no bom atendimento. A gente faz, em média, o transporte de 100, 120 pessoas por dia para fora do Município. As pessoas são transportadas em veículos novos, com ar condicionado, com película nos vidros, com todo o conforto que o contribuinte precisa e merece.

E que trabalho o senhor pretende realizar na Câmara?
Sérgio:
Eu sou uma pessoa do diálogo. Eu negocio com a minha família pra ser feliz e não quero fazer diferente lá na Câmara. Eu acho que a Câmara teve muita briga, teve muitos atritos, de coisinhas que não precisaria. A minha ideia é trazer especialidades médicas pra nossa cidade que hoje não tem. Hoje, pra fazer uma tomografia, uma ressonância magnética, nós temos que levar o pessoal lá em Parobé, em Sapiranga. Pra fazer consulta oftalmológica, temos que levar em Portão, Nova Santa Rita. Então, eu acho que a nossa cidade merece, as nossas pessoas merecem esse tratamento aqui dentro da cidade. E o meu grande sonho é trazer um centro de oncologia pra Montenegro. Hoje, 30% dos pacientes que a gente transporta é relacionado a câncer.

Como suplente, pelo PDT, o senhor teve a oportunidade de atuar na Câmara de Vereadores. Que lições tirou desses momentos?
Sérgio:
Olha, eu sou novo na Política. Vim da iniciativa privada e o tempo que eu fiquei lá na Câmara foi bem aproveitado para eu conhecer a mim mesmo e saber que, lá, a gente pode fazer muito mais do que está sendo feito. Com união, com diálogo, eu acho que a gente vai longe. No tempo em que eu fiquei lá, eu fiquei até espantado por algumas mesquinhosidades que são feitas. Eu vou pra Câmara dia 1º de janeiro com diálogo com o senhor prefeito que ganhou a eleição; e eu sou oposição, mas a gente conversando vai chegar em alguns acordos e, no que for bom pra cidade, eu estou junto.

O senhor já teve esse primeiro contato com o prefeito eleito?
Sérgio:
Sim, eu já conversei com o Prefeito Zanatta. A gente teve uma conversa não muito longa, então a gente está afinando as coisas. Como eu sou servidor, eu vou ficar na secretaria da Saúde e vou exercer os dois serviços; então vai ser uma carga horária bem pesada pra mim, mas eu já levei a conhecimento dele isso e acredito que, por isso, a gente tem que ter uma boa relação. Ele vai ser meu patrão de um lado e eu vou ter que fiscalizar ele de outro.

É uma relação curiosa essa a que o senhor se refere. Como será trabalhar isso?
Sérgio:
Eu não conheço muito o Zanatta, mas ele foi eleito como o novo, com a maioria dos votos da cidade. Então, esperamos dele o novo. Eu sempre falo e falei na campanha: a promessa é uma coisa, mas fazer…Tem promessa de um monte de coisa e eu vou fiscalizar isso. As promessas estão gravadas, escritas, e eu, como Sérgio Fiscalizador, vou cobrar.

O senhor ainda era vereador suplente pelo PDT quando trocou de partido pelo PSB. Por que essa troca?
Sérgio:
A minha relação com o PDT encerrou, praticamente, quando eu descobri o que foi feito quando foi assinada a proporcionalidade. O meu partido de coração sempre foi o PDT, mas aqui em Montenegro, quando foi formada a chapa para concorrer em 2016, eles deixaram de fora um partido na proporcionalidade e isso me prejudicou muito. Só do PT, que não colocaram na proporcionalidade, 2.800 votos foram pra lata do lixo; e esse partido era administrado por pessoas de alto conhecimento político. Esse erro não poderia ter sido feito. Eu fui o maior prejudicado (não entrando como vereador eleito), então, eu culpo muito o meu partido por ter usado isto para não eleger um e eleger outro.

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