Deputado federal eleito pelo PSL fez 766 votos em Montenegro e colocou seu gabinete à disposição da comunidade
Natural de Erechim e policial federal há 22 anos, trabalhando na superintendência de Porto Alegre, Ubiratan Sanderson foi eleito deputado federal pelo PSL com 88.559 votos, dos quais 766 conquistados em Montenegro. Esta semana, ele participou de uma confraternização com lideranças do partido na cidade e reafirmou alguns compromissos de campanha. Também disse que a estrutura de seu gabinete, tanto em Brasília quanto em Porto Alegre, estarão à disposição da comunidade a partir da posse, agendada para 1º de fevereiro.
Sanderson é um dos agentes da PF eleitos na esteira da Operação Lava Jato. As investigações e as prisões efetuadas pela corporação deram visibilidade ao seu trabalho, tornando-os candidatos preferenciais de quem considera a corrupção a grande chaga nacional. Não à toa, o novo deputado escolheu o enfrentamento aos desvios de recursos públicos sua principal bandeira. Ele entende que colocar os corruptos na cadeia e fortalecer os municípios a partir de uma reforma tributária, que mantenha a fatia maior dos impostos nas cidades, são essenciais ao desenvolvimento.
O discurso do parlamentar eleito é muito parecido com o de Jair Bolsonaro. “Vou trabalhar por um novo pacto federativo. Menos Brasília e mais Brasil”, disse, repetindo um dos mantras do futuro presidente durante a campanha. Sanderson compartilha da visão de que descentralizar a aplicação das verbas, a partir de Estados e Municípios, reduz a burocracia e os desvios, pois o controle da sociedade sobre os gastos é maior.
“Vou trabalhar por um novo pacto federativo. Menos Brasília e mais Brasil.”
Estreante na vida pública, o congressista eleito se coloca ao lado daqueles que também defendem novas regras para o jogo político. É contra a reeleição e o foro privilegiado, inclusive, para o presidente da República. O raciocínio é simples: se todos são iguais perante a lei, os políticos devem ter o mesmo tratamento dos demais cidadãos.
O campo de ação do futuro deputado abrange ainda temas como o endurecimento da legislação criminal, a redução do tamanho do Estado mediante a venda de algumas empresas públicas, investimentos na construção de presídios e redução dos obstáculos ao empreendedorismo. Sanderson entende que o empresário, muitas vezes, é tratado como criminoso e erros menores resultam em multas e fechamento de empresas. Para ele, é preciso, primeiro, orientar melhor.
“Corrupção desvia R$ 200 bilhões por ano”
Enfrentando a corrupção, que segundo o deputado federal drena em torno de R$ 200 bilhões ao ano no país, haverá mais recursos para a construção de hospitais, escolas e presídios. Sanderson explica que a mudança na legislação penal é essencial para que este enfrentamento dê resultados. Por isso, entende que o agente condenado por crimes contra o patrimônio público deve receber a pena máxima de 30 anos, sem possibilidade de redução e migração para regimes mais leves.
Na área da segurança pública, o parlamentar acredita que também deve haver um esforço concentrado no combate ao tráfico de entorpecentes e na fiscalização de fronteiras, que impeça igualmente a entrada de armamento ilegal no Brasil. “São necessárias medidas duras para conter os cerca de 60 mil homicídios/ano que ocorrem no país. Entre elas, o aprisionamento dos bandidos, o arrocho ao tráfico (40% das mortes têm relação com a venda de drogas) e a melhoria no controle de fronteiras. Com estas medidas, logo ali adiante, o Brasil será uma grande nação”, aposta.