Ex-vereador Rivo Bühler recebe homenagem

Aproveitando o espírito da Semana Farroupilha, a Câmara vota, na sessão desta quinta, projeto de lei que homenageia o tradicionalista Rivo Bühler, ex-vereador e presidente do Legislativo montenegrino. Seu nome será dado à Rua 01 do Loteamento São José, no bairro Aeroclube.

De acordo com o projeto, a escolha visa enaltecer uma personalidade que muito fez pela comunidade. Rivo era advogado, promotor de Justiça, carnavalesco e tradicionalista. Inclusive, chegou a gravar discos de músicas nativistas. Na Câmara, esteve por dois mandatos, entre 1977 e 1982 e de 1989 a 1992. Representante do PDT e depois do PMDB, foi presidente nos anos de 1989 e 1990.

O homenageado nasceu em Montenegro no dia 7 de junho de 1946, filho de Eny Noêmia e Ivo Bühler, irmão de Pedro Ernesto. Desde jovem, Rivo foi envolvido nas artes, tocando acordeão e dançando nas invernadas artísticas dos CTG’s Estância do Montenegro e 20 de Setembro. Também fundou os grupos musicais “Show Ritmo 100” e “Rivo e seu conjunto”, participando de blocos carnavalescos.

Rivo foi criador, arranjador e responsável pelo “Viva a Gente” em Montenegro, baseado no movimento americano “Sing Out”, que veio para o Brasil com o objetivo de motivar jovens a se tornarem bons atores. Como diretor social jovem do Clube do Comércio, trouxe, na década de 60, o grupo Renato e seus Blue Caps para apresentação em Montenegro.

Técnico em Contabilidade pela Escola São João Batista, o ex-vereador exerceu este ofício por muitos anos e foi professor na Escola Beato Roque, em Pareci Novo. Como tinha registro de jornalista, também foi correspondente do jornal Zero Hora em Montenegro e comandou programas na Rádio América. Formou-se em Direito pela Unisinos, com especializações em Direito Penal e em Direito Constitucional. Nos anos 80, tornou-se promotor de Justiça no Estado de Rondônia, tendo sido procurador geral da capital, Porto Velho. Quando se aposentou, dedicou-se à advocacia e à docência no curso de Direito na Ulbra.

Político e artista, Rivo faleceu em 1º de agosto de 2017, aos 71 anos. A homenagem ocorre na sessão ordinária da Câmara, amanhã, às 19h

Em 1970, Rivo casou-se com Maria Madalena Leal Machado, a ex-prefeita Madalena Bühler (1997 a 2000), com quem teve três filhos: Riviane, Rivo Junior e Rivana; e seis netos (Vinícius, Mateus, Maria Carolina, João Pedro, Sofia Natsumi e Pedro Hideo).

Em 1973, fundou o Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos de Montenegro. Os ensaios e o barracão, por muitos anos, foram no pátio de sua residência, no bairro Santo Antônio. A Acadêmicos representava a cidade nos carnavais de muitos municípios, inclusive desfilando na capital junto com a escola madrinha, a Praiana.

No ano de 1988, a Acadêmicos, em parceria com a Sociedade Floresta Montenegrina, foi campeã na categoria das escolas de samba do Interior no Carnaval de Porto Alegre. Rivo também foi jurado dos desfiles na capital gaúcha por muitos anos, chegando à presidência do júri.

Gaiteiro, Rivo foi campeão do Festival do Mobral, que deu origem ao Fegart (hoje Enart) e ganhou diversos rodeios. Também era compositor e chegou a fazer parcerias com artistas consagrados, como Moraezinho e Arabi Rodrigues. Teve participação em vários festivais de Música Nativista, com muitas premiações. Gravou dois LPS pelos selos Querência/ISAEC e Tíaraju/Ariola (1978 e 1983). Realizou diversas apresentações no estado e fora dele, como na Festa do Carreteiro, em São Paulo, e na Granja do Torto, em Brasília, para o então presidente Figueiredo. Ainda fundou o Grupo Ibiá de Arte Nativa, um dos primeiros grupos de dança de projeção folclórica em Montenegro.

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