Eleições tornaram 2018 um ano turbulento na Política

A proximidade dos fatos ainda torna difícil a exata compreensão de tudo que aconteceu na Política brasileira no ano de 2018. De todos os fatos que pautaram o noticiário, não há dúvida de que a eleição para a Presidência da República foi o epicentro das maiores turbulências que o país viveu desde a redemocratização, em 1985. Pela primeira vez, em mais de 20 anos, o eleitor não teve de escolher, no segundo turno, entre um candidato do PT e um do PSDB. A vaga dos tucanos foi ocupada por Jair Messias Bolsonaro, do PSL, até então um congressista mais conhecido pelos discursos verborrágicos do que pela atuação parlamentar.

CERCADO de policias federais, Lula chega a Curitiba, onde cumpre a pena em regime fechado desde abril

Com a campanha construída sobre o combate à corrupção e pautas caras ao que se convencionou chamar de extrema-direita, como o fim do aborto e a morte de criminosos, a redução de políticas afirmativas para negros, índios, mulheres e homossexuais, Bolsonaro cresceu rapidamente na intenção de votos dos brasileiros. Usando as redes sociais para se comunicar com a sociedade, logo foi identificado como a melhor alternativa ao petismo.
A campanha seguia seu curso normal até que, em 6 de setembro, o candidato do PSL foi vítima de um atentado. Durante um comício em Juiz de Fora, Minas Gerais, enquanto era carregado por populares, Bolsonaro levou uma facada no abdômen. O ataque colocou sua vida em risco e o tirou das ruas durante o restante da corrida pelos votos. O episódio, porém, mobilizou ainda mais seus aliados e o apoio cresceu, a ponto de muitos acharem que ele venceria no primeiro turno, o que não ocorreu.

A prisão do principal líder do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, em abril, após condenação a 12 anos e um mês de prisão por corrupção, já havia dado gás ao discurso de Bolsonaro. Embora ex-ministro e também prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, escolhido pelo próprio Lula para representar a legenda, não teve forças para vencer. O “mito” ganhou no segundo turno com 55% dos votos válidos. Seu vice é o general Antônio Hamilton Martins Mourão.

Na composição do novo governo, o presidente eleito aumentou sua popularidade ao recrutar para o ministério o juiz Sérgio Moro, responsável pela maioria das condenações da Operação Lava-jato, incluindo Lula. Ele cuidará da pasta da Justiça, que vai incorporar diversos setores da Segurança Pública.

Março
1º DE MARÇO – Pela primeira vez na história, a Câmara de Vereadores teve três mulheres em sua composição. Josi Paz e Rose Almeida (ambas do PSB) receberam a companhia da quarta suplente do PTB, Maria Elis da Silva, a “Zazá”, que ocupou a vaga de Juarez Vieira da Silva por duas semanas.

5 DE MARÇO – De forma surpreendente e sem comunicar ninguém, o presidente da Câmara de Vereadores, Erico Fernando Velten (PDT), exonerou a assessora especial Roberta Cardona do cargo para o qual havia sido nomeada poucos dias antes. Velten disse que o objetivo era reduzir despesas, mas a desculpa não convenceu. Todos os demais integrantes da mesa diretora – Josi Paz (PSB), Felipe Kinn da Silva (MDB) e Juarez da Silva (PTB) – renunciaram. Velten só conseguiu recompor o grupo em 19 de junho.

Maio
21 DE MAIO – O prefeito Kadu Müller reúne a imprensa para anunciar que o déficit nas contas do Município, que era de R$ 6,7 milhões em janeiro, estava zerado. Ao elogiar o esforço de todos os setores da Administração na redução de despesas, o chefe do Executivo lembrou que, ao assumir o cargo, em setembro de 2017, após o Impeachment de Luiz Américo Aldana, o “rombo” projetado era de R$ 21 milhões.

Julho
5 DE JULHO – Depois de muita discussão, a Câmara de Vereadores autorizou a Prefeitura a contrair um empréstimo junto ao Banco do Brasil, no valor de R$ 3,2 milhões. Com os recursos, serão adquiridas diversas máquinas e equipamentos: uma motoniveladora, uma escavadeira, um trator, dois caminhões basculantes toco, um caminhão hidrojato, uma capinadeira mecanizada, uma mini capinadeira, uma máquina de pintura e dois veículos. O contrato, porém, só foi assinado em 20 de novembro e a expectativa, agora, é de que as compras sejam feitas a tempo de aproveitar o tempo seco do verão para seu uso na manutenção das estradas do interior.

Eduardo Leite vence no RS
O Rio Grande do Sul confirmou sua vocação de não reeleger governador. A partir do dia 1º, caberá a Eduardo Leite, do PSDB, a missão de tirar o Rio Grande do Sul da crise. O Estado não tem pago a sua dívida com a União, não possui recursos para investir e, todos os meses, liquida a folha dos servidores com atraso.

Com 33 anos e ex-prefeito de Pelotas, Leite está construindo uma ampla base de apoio na Assembleia Legislativa, levando para o governo representantes do PP e do MDB, derrotados nas urnas. Ele venceu José Ivo Sartori com 53,62% dos votos válidos.

Agosto
30 DE AGOSTO – Iniciada em 2017, mas esvaziada por divergências entre os vereadores pela forma de condução dos trabalhos, a CPI do Loteamento Bela Vista foi retomada. O grupo, coordenado por Talis Ferreira (PR), apura as circunstâncias em que foram construídas as moradias, muitas delas entregues inacabadas e erguidas com materiais de baixíssima qualidade. Já foram ouvidos engenheiros e arquitetos, fiscais, o ex-prefeito Percival de Oliveira e a ex-secretária de Habitação, Leone Kaiser Bozzeto. O inquérito deve ser concluído em fevereiro.

Setembro
18 DE SETEMBRO – Depois de quase um ano de espera, técnicos da Empresa Gaúcha de Rodovias decepcionam a comunidade novamente. Naquele dia, na Estação da Cultura, finalmente seria apresentado o projeto das intervenções no perímetro

urbano da RSC-287 para facilitar e tornar mais seguras as travessias a pedestres e veículos. Contudo, foram mostrados apenas alguns desenhos, sem orçamentos, prazos, data de início das obras e, muito menos, de conclusão.

Outubro
7 DE OUTUBRO – Encerrada a contagem dos votos, os números mostraram aquilo que já era uma tendência: Montenegro continuará mais quatro anos sem representante na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. Os cinco candidatos locais tiveram desempenho abaixo da expectativa. O melhor foi o de Paulo Azeredo, do PDT, com 7.729 votos, mas eles sequer foram considerados válidos porque sua participação no pleito foi impugnada. Valdir Kleber, do MDB, fez 4.609; Adairto da Rosa, o Chacall, do PSDB, somou 3.266; Márcio Müller, do Solidariedade, 1.346; e Nei da Kombi, do Pros, 420. O único aspirante a deputado federal da região, Rodrigo Corrêa, do PCdoB, obteve 892 votos.

Dezembro
6 DE DEZEMBRO – Cristiano Braatz (MDB) é eleito presidente da Câmara.

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