Videomonitoramento: 16 câmeras vão vigiar ruas da cidade

ampliação do sistema de videomonitoramento opõe Executivo e Legislativo

De seis para 16 pontos. A Administração Municipal anunciou nesta segunda-feira a multiplicação das câmeras de videomonitoramento instalaladas no perímetro urbano de Montenegro. A medida visa inibir a criminalidade e ajudar a Polícia a identificar os bandidos quando alguma ocorrência for registrada.

Além dos novos “olhos”, está prevista a substituição dos equipamentos já existentes, que passarão por vistorias e manutenção, para posterior aproveitamento em outros locais. A empresa responsável pelo “pacote” é a Digital Tec Comércio e Prestação de Serviços Ltda, de Novo Hamburgo. É a mesma que venceu a licitação aberta pelo Consórcio Intermunicipal Vale do Taquari para o cercamento digtital daquela região.

De acordo com o chefe de gabinete do prefeito, Rafael Riffel, a Administração Municipal optou pela locação dos equipamentos ao invés da compra. A empresa vai fornecer as câmeras, o software e todos os materiais necessários. Além disso, fica encarregada de fazer a substituição dos aparelhos que apresentarem defeitos e a sua manutenção. Pelo serviço, receberá R$ 23.694,98 mensais.

Rafael explica que a decisão foi tomada com o apoio do departamento de Informática da Prefeitura. Primeiro, pesou o fato de não haver no quadro do Município técnicos especializados no assunto. Em segundo lugar, foi considerada a burocracia que envolve cada ação do poder público. “Hoje, por exemplo, quando uma câmera apresenta defeito, é preciso abrir um processo para a manutenção, definir a empresa e só depois encaminhar o conserto. Já tivemos situações de pontos que ficaram mais de 60 dias inativos”, explica. “Neste novo contrato, tudo isso será muito rápido, para que a comunidade não saia prejudicada.”

A previsão é de que o novo sistema esteja operando integralmente em, no máximo, 90 dias. A definição dos equipamentos atende ao que foi definido em 2016, por convênio, entre o Município e o governo do Estado, quando o sistema entrou em atividade. Quanto aos pontos de instalação, a escolha é fruto de um estudo elaborado pela Brigada Militar, considerando indicadores de violência, acessos aos locais mais visados pelos criminosos e rotas de fuga.

Riffel entende que, para os leigos, o custo pode parecer alto, mas a eficiência do novo sistema torna a despesa plenamente justificada. “A população poderá contar com um serviço moderno, com câmeras de última geração, fazendo a proteção dos montenegrinos 24 horas por dia e com a garantia de que, em caso de manutenção, tudo voltará a funcionar rapidamente”, pondera.

Os pontos monitorados
– Praça Rui Barbosa, na Ramiro Barcelos;
– Cruzamento entre as ruas João Pessoa e José Luiz;
– Cruzamento entre as ruas Olavo Bilac e Coronel Antônio Inácio;
– Cruzamento entre as ruas Apolinário de Moraes e Osvaldo Aranha;
– Cruzamento entre as ruas Buarque de Macedo e Santos Dumont;
– Cruzamento entre as ruas Ramiro Barcelos e Hugo Wolgemuth;
– Cruzamento entre a RSC-287 e a rua Ramiro Barcelos;
– Rótula entre a BR-470, RSC-287 e a rua Buarque de Macedo;
– Cruzamento entre as ruas Bruno de Andrade e Torbjorn Weibull;
– Cruzamento entre as estradas Cylon Rosa e Antônio Inácio de Oliveira Filho.

Locais já monitorados, onde equipamentos serão substituídos por versões mais modernas e eficazes:
– Cruzamento entre as ruas Ramiro Barcelos e Olavo Bilac;
– Cruzamento entre as ruas Ramiro Barcelos e José Luiz;
– Cruzamento entre as ruas Ramiro Barcelos e Santos Dumont;
– Cruzamento entre a Avenida Júlio Renner e a rua Campos Netto;
– Cruzamento entre as ruas Osvaldo Aranha e Capitão Cruz;
– Cruzamento entre as ruas Hens Varelmann e Bruno de Andrade.

*Fonte: Prefeitura Municipal

Presidente da Câmara critica locação
A ampliação do sistema de videomonitoramento da cidade – ou melhor, a forma como ela será executada – desencadeou um novo conflito entre a Administração Municipal e a Câmara de Vereadores. Embora a medida resulte em mais segurança à comunidade, especialmente na prevenção aos crimes nas áreas de cobertura, a notícia causou revolta no Legislativo.

O presidente da Câmara, Cristiano Braatz (MDB), considera a locação dos equipamentos um equívoco. Para ele, o ideal seria que a Prefeitura comprasse as câmeras e fizesse, ela própria, a manutenção. “Com o dinheiro de alguns meses do aluguel, o equipamento estaria pago e seria do Município”, calcula. Quanto à conservação, Cristiano sugere que a Prefeitura de Montenegro contrate um técnico, cujo salário seria bem menor do que a despesa que está sendo projetada.

Semana passada, Cristiano esteve na sede do 5º Batalhão da Brigada Militar, onde ocorre o monitoramento das câmeras de Montenegro e de Pareci Novo. Ele defendeu a ampliação do sistema local e anunciou visitas a cidades vizinhas para ver o que as prefeituras estão fazendo. “Minha intenção era conhecer estas experiências e depois promover uma discussão. Após, com o apoio dos colegas, pretendia sugerir que fosse usado o saldo do recurso destinado à Câmara este ano – que não será gasto integralmente – para a aquisição de mais equipamentos”, revela o presidente do Legislativo.

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