GOLPISTAS. Para obter dados, meliantes dizem estar fazendo pesquisa sobre a Covid-19
O vereador Gilberto Büttenbender, de 55 anos, foi vítima do golpe da clonagem de WhatsApp nessa segunda-feira, dia 26, data em que celebrava o próprio aniversário. Já nessa terça-feira, 27, foi a vez da assistente social Michele Ftzner, de 41 anos, ser enganada por um falso pesquisador do Sistema Único de Saúde. Esse tipo de fraude tem se tornado frequente nas cidades de Brochier e Maratá. Fica o alerta para que os usuários do aplicativo não forneçam senhas numéricas recebidas em seus celulares.
Já era final da tarde de segunda-feira quando o vereador Gilberto atendeu a uma ligação em seu telefone móvel. Do outro lado da linha, uma voz masculina se apresentou como pesquisador e pediu para que Gilberto respondesse a cinco perguntas. Foi só no final da conversa que o homem conseguiu o que realmente queria, a chave de acesso para conseguir concretizar a clonagem do WhatsApp. “Ele disse que já estava encerrando a pesquisa, e que para validar precisava que eu passasse pra ele os seis dígitos que estavam aparecendo na tela do meu celular. Eu falei, ele agradeceu, educadamente, e desligou. E, em questão de segundos ocorreu a clonagem”, relata o vereador.
Também foi preciso pouco tempo para que o bandido trabalhasse na captação de vítimas. Pelo menos 50 dos 3 mil contatos da agenda de Gilberto receberam mensagens pedindo dinheiro. “Várias pessoas me ligaram, corri para tentar alertar a todos que se tratava de um golpe. Meu irmão estava prestes a transferir R$ 1.998,00, quando eu liguei pra avisar”, conta Gilberto. Um dos contatos do edil acabou sendo lesado. Gilberto não sabe exatamente quanto a vítima chegou a depositar, mas acredita que tenha sido uma quantia entre R$1.980,00 e R$2 mil, pois essa era a variação de valores pedida nas mensagens encaminhadas pelos meliantes.
O mesmo modus operandi foi empregado para clonar o APP da assistente social Michele Fetzner. Com ela o fato ocorreu por volta das 14h dessa terça-feira. “Disse que estava ocupada e não poderia responder as perguntas, mas, ele insistiu, afirmou que seria rápido e eu aceitei participar. Perguntou se eu já tinha sido vacinada e outras perguntas. No final, disse para eu passar o código. Em segundos o meu WhatsApp foi clonado e os meus colegas começaram a receber mensagens pedindo dinheiro”, conta a servidora da secretaria da Saúde de Brochier.
Michele colocou um alerta em seu Facebook informando seus amigos sobre o golpe. Ela e o vereador ainda não haviam feito registro de ocorrência até o momento da entrevista.
O ex-prefeito de Maratá, Fernando Schrammel, também teve seu WhatsApp clonado, no dia 15 de abril. Amigos e pessoas conhecidas dele receberam pedidos de valores que variaram de R$2.990,00 até R$7 mil. Ninguém realizou depósitos. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia de Brochier.
Dicas de segurança para sua conta do WhatsApp
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