“Tento manter a esperança”, desabafa a mãe de Maurício

Filho de Maria Diva de Amorim e a nora dela sumiram no dia 21 de dezembro

“Estou tentando manter a esperança. Deus me livre, é muito triste. Não sei mais o que pensar.” O desabafo é de Maria Diva de Amorim, mãe de Maurício Vigel Amorim, 33 anos. Na próxima segunda-feira, dia 21, completa cinco meses do sumiço do filho e da sua companheira, Taís Machado Querate, 20. Desde o fato, as duas famílias vivem dias de angústia, medo e incerteza.

Desde o sumiço, Diva incorporou à rotina a tarefa de cuidar dos quatro cachorros do casal: dois shih-tzu, um chow-chow e um border collie. Também tem se ocupado em manter o pátio da casa, em Porto Garibaldi, onde moram limpo e arrumado. A residência foi construída por eles há cerca de quatro anos. O trabalho é facilitado por ser vizinha deles.

Além disso, volta e meia, vai até a delegacia para saber se há novidades sobre a investigação. E volta desolada, pois apesar do empenho dos policiais, o mistério mostra-se extremamente difícil de ser resolvido. Outro destino frequente é a igreja e a casa espírita, onde busca algum tipo de conforto para suportar uma situação tão difícil de enfrentar. “Estou tentando me agarrar na fé”, resume. Ainda assim, a cada dia, ela admite ficar mais difícil acreditar a voltar a ver os dois.

Ela não tem nenhuma suspeita do motivo do desaparecimento. Também descarta uma hipótese levantada em determinado momento. “Por conta própria elas não iriam sair. Não ficariam tanto tempo sem dar notícias”, acredita.

A 1ª Delegacia de Polícia de Montenegro trabalha com mais de uma linha de investigação. Já foram realizadas diligências em Porto Alegre, Triunfo e Capela de Santana. Além disso, os agentes estiveram em municípios da Região Carbonífera e do Litoral Norte. Além disso, foram ouvidas mais de 15 pessoas, contudo o sumiço de ambos ainda é um mistério.

Mais detalhes sobre o caso
Maurício e Taís foram vistos pela última vez no dia 21 de dezembro. As imagens de uma câmera de vigilância mostram os dois deixando um Celta num estacionamento no Centro e pegando uma Fiorino branca, com placas INU-4888, de Montenegro. Ao sair da casa onde moram eles deixaram a televisão e o ventilador ligados, um indicativo de pretensão de retornarem rapidamente. Nem mesmo os remédios usados por Maurício no tratamento das queimaduras foram levados.

Homem sofreu várias queimaduras
Em 16 de dezembro, o casal ficou ferido durante incêndio em um galpão em Nova Santa Rita, causado pela existência de produto altamente inflamável. As chamas destruíram o local e também danificaram o veículo usado pelos dois, um furgão Sprinter.
Maurício sofreu sérias lesões nas duas pernas. Ele passou por tratamento, inclusive com a realização de enxertos. Contudo, acabou abandonando o tratamento no Hospital Montenegro e no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre. Seguiu apenas a tomar os medicamentos recomendado pelos médicos, deixados em casa depois do desaparecimento.

Informações
Quem tiver alguma informação sobre o desaparecimento pode entrar em contato com a Polícia Civil ou com a Brigada Militar. Os telefones são, respectivamente, 197 e 190.

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