Tragédia. Mãe morreu e a filha foi hospitaliza após ambas serem atropeladas
A imprudência custou a vida de uma mãe de família. Aline Fabiana da Rosa Silva de Sá, de 39 anos, morreu na tarde de sábado, dia 4, após ser vítima de atropelamento, em Montenegro. Com ela estava a filha, E.S., de 16 anos, hospitalizada. Elas foram atingidas na rua Campos Neto, no bairro Senai, por volta das 17h45min; quando um veículo GM Prisma em alta velocidade atingiu ambas sobre a calçada.
Uma guarnição dos Bombeiros e duas ambulâncias do Samu socorreram as vítimas. Aline foi levada para o Hospital Montenegro (HM) inconsciente, mas não resistiu aos ferimentos enquanto recebia atendimento. Já a menor teve luxações, e um dos socorristas suspeitava que houvesse fratura no braço direito.
De acordo com a Brigada Militar (BM), testemunhas disseram que o condutor do Prisma participava de um “racha”, ao lado de um automóvel Golf. Ambos estariam correndo, quando nas proximidades do “Bar do Japa” (próximo a Secretaria de Saúde) o condutor do Prisma perdeu o controle da direção e invadiu o passeio público onde estavam as mulheres. Marcas no local indicam frenagem iniciada cerca de 40 metros antes do ponto de impacto.
Diante da tragédia, os motoristas se negaram a falar com a reportagem, após terem sido conduzidos à DPPA para depoimento. R.R.T., motorista do Prisma, chegou a ser detido pela Brigada e algemado. O motorista do Golf, R.G.A, seguiu por sua conta à Delegacia, após ter permanecido no local do atropelamento.
Testemunha diz que poderia ter sido com sua família
O fato de não ter havido prisão em flagrante provocou revolta nas redes sociais. Uma das pessoas indignadas é Angélica Taiana de Azevedo; testemunha que relatou o fato na publicação do Ibiá em seu Portal e no Facebook. “Entramos no condomínio (Érico Veríssimo) bem na hora em que o carro vinha em alta velocidade”, afirma.
Ela chegava do trabalho de carro, ao lado do esposo e o filho de 14 anos, e quase foram atingidos pelo Prisma. “Inclusive, foi por tão pouco que ele raspou o nosso carro”, recordou. A testemunha ainda conseguiu vê-lo se aproximar com os freios já acionados. Em seguida ouviu um barulho muito forte.
“Quando olhei pra trás, estavam já (as vítimas) deitadas no chão”, recorda. Angélica não pode afirmar se estava acontecendo um racha, mas acredita na tese devido a velocidade imprimida pelo veículo que viu. “Pois ninguém anda naquela velocidade normalmente”, observa.
Outro fato que acredita reforçar a hipótese de corrida foi o motorista do Golf também ter ficado no local, comprovando envolvimento nas circunstancias que levaram ao acidente. Aline era natural de Taquari e morava em Montenegro em função desta filha que cursa o Ensino Médio na Escola do Senai. Formada em Letras, era diretora da Escola Marcos Machado Coelho, em Triunfo.