Mistério sem fim. Vítimas foram vistas pela última vez no final de 2017 em Montenegro
A Polícia Civil busca mais informações para dar continuidade à investigação sobre o desaparecimento do casal Taís Machado Querate, 21 anos, e Maurício Vigel Amorim, 34. Eles foram vistos pela última vez no dia 21 de dezembro de 2017, em um estacionamento, no Centro de Montenegro. Nem mesmo o carro deles, um Fiat Fiorino, apareceu até hoje.
Foram realizadas diligências em Porto Alegre, Triunfo e Capela de Santana. Além disso, os agentes estiveram em municípios da Serra e do Litoral Norte. A investigação também colheu o depoimento de mais de 20 pessoas, entre familiares e amigos do casal. O inquérito já conta com mais de 100 páginas.
A principal linha de investigação, até o momento, é o sumiço ter a ver com a vida levada por Maurício. Em 2013, ele foi flagrado com 600 litros de gasolina sem procedência na caçamba de uma picape Montana. Ele chegou a ser detido, mas não foi encaminhado ao sistema prisional naquela oportunidade.
Esse delito pode ter relação com um acontecimento registrado em 16 de dezembro. Na data, o casal ficou ferido durante um incêndio em um galpão em Nova Santa Rita, causado pela existência de produto altamente inflamável. As chamas destruíram o local e danificaram o veículo usado pelos dois, um furgão Sprinter.
Maurício sofreu sérias lesões nas duas pernas. Ele passou por tratamento, inclusive com a realização de enxertos. Contudo, acabou abandonando os cuidados no Hospital Montenegro e no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre. Seguiu apenas a tomar os medicamentos recomendado pelos médicos.
Isso, provavelmente, tenha relação com o fato de familiares não estarem revelando tudo o que sabem sobre o caso. “Em razão do possível envolvimento dele com o furto de combustíveis, acho que a família ficou com medo de compartilhar algumas informações. Ainda está em tempo, se tiverem alguma informação e quiserem compartilhar com a Delegacia é bem-vinda”, comenta o chefe da seção de investigação da 1ª Delegacia de Polícia de Montenegro, Alisson Castilhos.
Indagada pela reportagem do Ibiá, a mãe de Maurício, Maria Diva de Amorim, disse ter comparecido à Delegacia inúmeras vezes, embora tivesse passado a impressão de não quer falar muito no assunto. “Não tenho nem ideia do que possa ter acontecido. Está tudo lá na casa deles, do jeito que deixaram”, lamenta. “Estou esperando que Deus possa ajudar para resolver isso e ver o que aconteceu”, finaliza.
Quem tiver alguma informação pode entrar em contato com a Polícia Civil ou com a Brigada Militar. Os telefones são, respectivamente, 197 e 190. O sigilo da identidade é garantido.