Nessa quinta-feira, 30, Dia Nacional da Mulher, a Brigada Militar promoveu uma operação em âmbito Estadual voltada a combater a Violência Doméstica. A operação denominada Jerônyma Mesquita tem como objetivo fortalecer o trabalho, de acompanhamento de medidas protetivas de urgência, feito pelas patrulhas Maria da Penha.
Em Montenegro duas equipes da Patrulha Maria da Penha visitaram cerca de 15 mulheres que possuem Medida Protetiva. Conforme a coordenadora da Patrulha Maria da Penha do 5º Batalhão da Polícia Militar de Montenegro (5º BPM) Aline Paim, no município mais de 40 vítimas de violência possuem Medida Protetiva expedida pela justiça.
A iniciativa também tem por meta combater o aumento da violência que vem numa crescente desde o início da quarentena do coronavírus. Na região, cerca de 90% dos agressores, flagrados neste período, haviam consumido álcool ou drogas, comenta a soldado.
Acompanhada pelo soldado Alexsander Alves, Aline esteve na casa de uma jovem de 27 anos. Ela criou coragem e denunciou o ex-marido, antes que fosse tarde demais. Para evitar exposição, a mulher será chamada apenas de Maria.
Separada há seis anos, quando completou dois anos do término do relacionamento, o ex-marido começou a importuná-la. “Ele vinha ver nossa filha e começava a me incomodar. Uma vez eu estava tomando banho, ele entrou na casa e foi direto ao banheiro”, conta Maria.
Depois de assediar a mãe de sua filha, o sujeito de 28 anos, passou a apresentar comportamento mais agressivo. “Na virada do ano de 2019, às seis horas da manhã os visinhos viram ele andando pra cima e pra baixo na rua com um tijolo na mão. Umas sete e pouco ele quebrou minha porta e invadiu a casa, disse que ia me matar. Meu pai estava junto comigo e colocou ele para correr”.
Na ocasião Maria registrou um boletim de ocorrência e solicitou Medida Protetiva. “Eu não esperei ele me agredir para pedir Medida Protetiva. Teve uma audiência com a juíza onde ele foi informado que teria que respeitar, mas ele não respeitou”, acrescenta. O sujeito descumpriu oito vezes a medida de afastamento.
A partir das visitas da Patrulha Maria da Penha, que tiveram início em novembro do ano passado, a jovem passou a sentir-se mais segura. “A patrulha está sempre passando por aqui. Eu me sinto segura agora. Ele parou de vir porque viu a patrulha aqui”, conclui Maria.
Saiba mais
Jerônyma Mesquita nasceu em Leopoldina (MG) em 30 de abril de 1880 e faleceu em 1972. Foi uma enfermeira, líder feminista brasileira e fundadora do Movimento Bandeirante do Brasil.