Antigo prédio da DP deve ser repassado ao município e sediar a Secretaria de Habitação e Cras
O plantão da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) e a sede da 1ª DP, responsável pelos inquéritos e investigação, devem continuar na Avenida Júlio Renner (Via II), do bairro Timbaúva. Entretanto, a sede própria será em novo local, mais perto do Fórum, em área atualmente pertencente ao município.
O delegado regional, Marcelo Farias Pereira, confirma que já está em andamento um pedido para a cedência do terreno para a nova Delegacia. Em contrapartida, as antigas instalações da DP, na rua José Luis, ao lado do posto de saúde (UBS) do bairro Industrial poderão ser utilizadas pelo município. E aí deve ser iniciada uma nova mobilização para a construção da Delegacia. Com isso a Prefeitura não precisará mais pagar aluguel da atual Central de Polícia.
O secretário municipal José Vitor Cardoso afirma que o prédio da antiga Delegacia poderá ser aproveitado para sediar a Secretaria Municipal de Habitação, Desenvolvimento Social e Habitação, além de também o Centro de Referência em Assistência Social (Cras). “Vamos estruturar o espaço. O Cras vai passar por reforma”, diz, citando que o expediente para a mudança já está tramitando. “Aguardamos a análise do Governo do Estado”, completa.
O chefe de gabinete da Prefeitura, Renan Boos, diz que desde o ano passado são mantidas conversas sobre a possibilidade de ceder a área que era destinada para a Receita Federal, perto do Fórum. Como o terreno não foi aproveitado, a Receita efetuou a devolução ao município. E com isso poderia ocorrer a permuta com o Estado, que aproveitaria o antigo prédio da Delegacia não só para a Secretaria de Desenvolvimento Social e o Cras, mas também com um espaço para o setor de confecção de carteiras de identidade, que está atualmente de forma provisória junto a Prefeitura. O posto de identificação do IGP, inclusive, já funcionou no local.
Apoio das empresas
Presidente do Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro), o coronel Leodimar Aldo Mantovani ressalta a importância do apoio das empresas, poder público e comunidade para poder oferecer melhores condições de segurança. Mantovani está à frente do Consepro desde 2021, tendo sido reeleito até 2026. Ele lembra que a reforma do antigo prédio do IPE, no centro, para sediar a 1ª Delegacia Regional de Polícia do Interior (DPRI) e a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), só foi possível graças à mobilização de Montenegro e da região. Foram repassados recursos da Câmara de Vereadores e Prefeitura, além de empresas e comunidade, mais o aproveitamento da mão de obra prisional. E o mesmo deve ocorrer para a construção do novo prédio, na Timbaúva.
A ideia inicial era reformar e ampliar as instalações da antiga Delegacia para ali permanecer a 1ª DP, além de receber a DPPA. Entretanto, o local foi muito atingido pela enchente de maio do ano passado, sendo perdidos equipamentos, móveis e documentos. Então se decidiu de não arriscar em investir em local que pode ser impactado por outra cheia, deixando a população sem atendimento policial. “Não se pode correr o risco de perder tudo de novo”, afirma Mantovani, seguindo a mesma opinião do delegado Marcelo. E assim surgiu a negociação de permuta com o município.
O coronel Mantovani ressaltou que as empresas podem também ajudar através do Programa de Incentivo ao Aparelhamento da Segurança Pública (Piseg). Ele possibilita que as empresas destinem até 5% do saldo devido de ICMS ao Estado para ação de combate à criminalidade. Com os recursos podem ser adquiridas viaturas, armamentos e equipamentos para a Brigada Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária e Bombeiros.
Sobre a busca por mais efetivo nas forças policiais, o coronel Mantovani disse que está se buscando resgatar um projeto de auxílio moradia, através de pagamento de aluguel aos policiais. A proposta, que visa atrair e manter policiais no município, já chegou a ser aprovada na Câmara de Vereadores anos atrás, mas nunca foi colocada em prática. Mantovani lembra que a medida é adotada com sucesso em outros municípios. E cita que já fez contato com o delegado regional e comando do 5º BPM no sentido de retomar conversações com o poder público para que o projeto saia do papel.