Júri do acusado da morte de Debby terá transmissão

Julgamento de Alexsandro Gunsch inicia às 8h desta quinta-feira

Alexsandro Gunsch está preso na Penitenciária de Canoas

É aguardado com expectativa o júri popular que terá como réu o fisiculturista Alexsandro Alves Gunsch, de 48 anos. Ele será julgado nesta quinta-feira, 6, no Fórum de Montenegro, pela morte da personal trainer Débora Michels Rodrigues da Silva, a “Debby”, de 30 anos. O crime ocorreu na madrugada de 26 de janeiro do ano passado, na localidade de Vendinha, interior de Montenegro, onde o casal residia.

O julgamento está previsto para iniciar às 8h e terá transmissão ao vivo pelo canal do Tribunal de Justiça do Estado (TJRS) no You Tube. Portanto, mesmo quem não estiver presente no Fórum poderá assistir ao júri, inclusive através da cobertura do Ibiá, que trará informações do local desde cedo, pelas redes sociais, acompanhando a movimentação. Dependendo do andamento dos trabalhos, o julgamento poderá se estender até de noite ou madrugada de sexta-feira. Devem ser ouvidas sete testemunhas: três de acusação e quatro de defesa, além do depoimento do réu.

O tribunal do júri será comandado pela juíza Débora de Souza Vissoni. Na acusação vai atuar a promotora Rafaela Hias Moreira Huergo, mais a advogada Samanta Dannus como assistente. E a defesa do réu será feita pela advogada Daniela Schneider Couto.

Acusação e defesa

O Ministério Público fez a denúncia contra Alexsandro, que é acusado de feminicídio. Para a Promotoria, o réu teria cometido o crime por motivo torpe e meio cruel, mediante emprego de asfixia, com recurso que dificultou a defesa da vítima, em contexto de violência doméstica e familiar, com incidência na Lei dos Crimes Hediondos. A acusação entende que o crime teria ocorrido de forma premeditada, após o réu ter consumido cocaína e não aceitar o fim do relacionamento.

Além da morte, deixou o corpo da vítima na calçada em frente à casa dos pais dela, no bairro Centenário, sob um cobertor, e depois fugiu. Mais tarde se apresentou na Delegacia de Polícia e foi recolhido para a Penitenciária Estadual de Canoas I, onde aguarda o julgamento. “O Ministério Público vai ao júri com tranquilidade e convicção da responsabilidade do réu pela morte de Débora, crime grave que chocou a comunidade montenegrina e gaúcha, para buscar uma reprimenda exemplar que mostre que a sociedade não tolera mais este tipo de barbárie”, ressalta a promotora de justiça.

Em depoimento à Polícia, Alexsandro Gunsh alegou que teria ocorrido uma briga e que o casal teria trocado agressões. Também fisiculturista, declarou ter pego a companheira pelo pescoço, levantando-a e tendo a arremessado contra um guarda-roupas. Foi quando ela teria passado mal e disse que a colocou no carro para levar ao hospital, mas no caminho percebeu que a companheira já estava sem vida e devido ao desespero decidiu deixar o corpo em frente à casa dos pais dela. “A defesa segue com a mesma linha defendida durante toda a instrução processual, que na realidade dos fatos houve uma agressão motivada pelo calor da discussão e que sem intenção acarretou o óbito da vítima”, declarou a advogada do réu.

Como vai ser o júri:

  1. Abertura;
  2. Sorteio dos jurados para formação do conselho de sentença que é composto por 7 pessoas da comunidade;
  3. Oitiva das testemunhas, primeiro da acusação e depois as da defesa. Por último, o réu é interrogado;
  4. Debates (fala da acusação e da defesa), com direito a réplica e tréplica;
  5. Julgamento pelo conselho de sentença;
  6. Decisão dos jurados e leitura da sentença pela juíza, já com a pena fixada;
  7. Encerramento dos trabalhos.
Julgamento acontece no Fórum de Montenegro. Crédito: Arquivo

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