Funcionários da GM desenvolveram sistema próprio para monitorar a cidade
O Parque Centenário é a nova casa da Guarda Municipal. A semana iniciou ainda em ritmo de mudança, mas a expectativa é de que os 33 agentes devem concluir a mudança até sexta-feira (30). O antigo prédio da Guarda, no Centro da cidade pertence ao Ipe. Havia uma contrapartida do Município para ocupação da área. Agora esse custo deixa de existir.
O prédio atual já abrigou a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec). O espaço também é maior em relação ao prédio do Ipe; com isso vai ser possível estruturar salas de vídeomonitoramento, treinamento, operações, administrativo, e espaço de convivência. A Defesa Civil também vai ser estrategicamente instalada no mesmo prédio. Isso deve assegurar melhores condições de trabalho em época de enchente, uma vez que os desabrigados ficam alojados no ginásio Azulão, dentro do Parque.
A ideia de levar a Guarda Municipal para o Centenário surgiu no fim do ano passado, com o objetivo de proporcionar maior segurança aos frequentadores do Parque, e até mesmo atrair um maior número de moradores para desfrutar do espaço público, em meio a natureza. “Queremos estar cada vez mais próximos da comunidade e também de proporcionar as condições para que todos se apropriem desse espaço”, aponta o comandante da Guarda, Clóvis Eduardo Pereira. A nova sede também deve proporcionar à equipe desenvolver atividades pedagógicas em parceria com outras entidades do Município. “Temos a ideia de realizar educação no trânsito e educação ambiental com as secretarias de Meio Ambiente e a de Educação”, projeta Pereira.
De olho na segurança
Há oito meses a Guarda Municipal desenvolve um projeto de segurança online. O sistema foi totalmente desenvolvido pelos próprios servidores. Os agentes recuperaram computadores e equipamentos eletrônicos dados como ociosos. Segundo o guarda municipal Ararê Zavarisi, que já tinha experiência nessa área, o início foi tímido. “Montamos um material de amostra com câmeras em duas escolas e na Câmara de Vereadores”, comenta.
Com a colaboração de outros técnicos da cidade, o software para operar as câmeras se tornou realidade. “Isso facilitou a distribuição da imagem e passamos então a ter um sistema de fato”, afirma Zavarisi. A iniciativa dos próprios guardas, aumentou o controle em seis pontos da cidade entre escolas e prédios do Município, sem onerar a máquina pública. Para se ter uma ideia, a instalação de quatro câmeras de monitoramento de um prédio não sai por menos de R$ 4.000,00. Ainda existem os custos variáveis, como manutenção e mensalidade, que gira na média de R$ 100,00 por mês. “Ainda estamos em fase experimental. Nossa ideia é de ampliar também o monitoramento interno do Parque com 16 câmeras no perímetro”, projeta Ararê. Hoje já existem quatro câmeras em operação no Centenário e nos planos da Guarda, o sistema deve utilizar a rede de internet e de intranet.
Para ampliar o sistema de vigilância, parcerias público-privadas são bem-vindas. Uma das razões é para a aquisição de novas tecnologias, que permitam a ampliação do sistema 100% montenegrino. “Monitores, câmeras, HDs, tudo isso pode nos ajudar a qualificar a prestação desse serviço comunitário”, explica. A Guarda Municipal também monitora alarmes de escolas da rede municipal.