Abigeato. Animais de raça foram colocados dentro de uma Kombi, que estragou
Apesar dos visíveis esforços das forças policiais, o crime de abigeato recua muito pouco no Vale do Caí. As autoridades apertam de um lado, e os criminosos agem de outro. Mas é fundamental ressaltar que esse crime encontra ressonância no comprador que prefere pagar muito menos pelo produto e não se preocupar com a origem. O crime mais recente ocorreu na madrugada desta quarta-feira, quando 24 cabeças de ovelha, algumas prenhas, foram furtadas na Cabanha Vier, localidade Linha Bonita, em Salvador do Sul.
Os animais de raça foram carregados numa Kombi, que acabou estragando e foi abandonada no município de Harmonia. O crime pode ter ocorrido no final da madrugada, pois em torno das 6 horas a vítima foi notificada pela PM de São Sebastião do Caí, que encontrou o veículo. Trancafiadas no baú, 11 ovelhas matrizes morreram asfixiadas. Outras 13 estão sob tratamento. O proprietário dos animais avaliou o prejuízo em aproximadamente R$120 mil, por se tratar de animais premiados, para procriação e exposição.
Os ladrões derrubaram uma cerca para invadir o galpão onde as criações estavam dormindo. Populares informaram a Brigada que indivíduos suspeitos estavam tentando empurrar uma van de cor branca. Na chegada da guarnição, os indivíduos já tinham evadido do local. Não há suspeitos.
O outro crime registrado na DPPA ocorreu no dia 6 de junho, mas foi feito Boletim apenas na terça-feira. O administrador da fazenda Gabardo Agroturismo, Daniel Guizzardi, notificou o furto de seis cabeças de gado da raça Angus. Os animais foram tirados da propriedade para serem carneados nas terras de um vizinho, onde ficaram cabeças e vísceras. Perto havia marcas de pneus.
Polícia contra-ataca no receptor final
Um exemplo claro que este crime se sustenta na ganância e “malandragem” do brasileiro, está na operação deflagrada pela 1º DP de Montenegro na manhã de ontem. A fiscalização, integrada com Brigada Militar (BM) e Vigilância Sanitária, resultou em 243 quilos de carne (gado, frango e peixe) apreendidos em um único restaurante, na BR-386, localidade de Porto Garibaldi.
Os alimentos não possuíam procedência. De acordo com o delegado Eduardo Azeredo, a ação visa coibir possíveis receptadores de abigeato. Da mesma forma, impede que alimentos impróprios ao consumo humano sejam vendidos. Desde o início dessas ações, em abril de 2016, já foram inutilizadas 2,5 toneladas de alimentos impróprios. A coordenadora da Vigilância, Silvana Schons, lembra que a carne abatida no campo “pode acarretar danos à saúde”.
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