O Setor de Investigações (SI) da 1ª DP de Montenegro já tinha denúncias anônimas com a suspeita de tráfico de drogas em dois endereços de Montenegro. Após trabalho que incluiu monitoramento das residências, no qual os agentes constaram movimentação anormal nos fins de tarde, ontem foram cumpridos mandados de busca e apreensão.
A venda de entorpecentes não foi confirmada, mas o cabo do Exército Christopher Muniz Lins, 25 anos, foi preso em flagrante por posse irregular de munição de uso restrito (estatuto do desarmamento). Cartuchos não deflagrados de diversos calibres, incluindo de fuzil, estavam na sua casa, na rua Capitão Cruz, no Centro. Outro fato que chamou atenção foi a comercialização irregular de fardamentos e equipamentos do Exército Brasileiro e da Brigada Militar (BM).
O jovem ainda argumentou que tinha uma loja em Nova Santa Rita, que estava em nome da avó, mas não conseguiu provar. Todavia, o delegado Paulo Ricardo Costa observa que itens militares não podem ser comercializados por qualquer lojista. Outra explicação nada convincente é que havia ganhado os itens do Quartel, sendo que eram em torno de 250 peças de roupas, além de coturnos, galões com gasolina, uma pistola de pressão e até uma capa de granada.
Na frente da casa, inclusive, havia um banner anunciando a venda. A questão das fardas será investigada pelo Exército. Foi apreendida ainda pequena porção de maconha e “esmurrugadores” da droga. Ao ver a chegada dos policiais, o cabo se trancou no quarto, que fica no andar superior, e derrubou a escada móvel impedindo o acesso. Alegou que pensou serem ladrões, o que contradiz o ato de jogar pela janela parte da droga, como admitiu. Na casa de seu suposto comparsa, conhecido como “Gordo”, nada foi encontrado.