Brigada pode deixar Penitenciária Modulada de Montenegro

Policiamento. Se projeto for aprovado na Câmara, haverá mais efetivo nas ruas

Uma proposta em análise na Câmara dos Deputados pode ter reflexo positivo na segurança em Montenegro. O Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 894/18 tem o objetivo de impedir que a vigilância da parte externa dos presídios seja feita por integrantes do policiamento ostensivo. Se a medida for colocada em prática, isso terá como consequência mais uma equipe da Corporação nas ruas da maior cidade do Vale do Caí.

O policiamento das áreas externas dos presídios, sob responsabilidade das polícias militares, está previsto em um dispositivo do Decreto 88.777/83, que o PDC propõe suspender. Para o autor da proposta, deputado Cabo Sabino (Avante-CE), o aumento da criminalidade exige o reforço de homens da Corporação nas ruas das cidades brasileiras. Ele afirma ainda que o policiamento ostensivo e de preservação da ordem pública são típicos das atividades das PMs, ao contrário das missões no entorno das prisões.

“Existe um desvio de função aplicado à Polícia Militar enquanto realiza serviços de guarda externa e escoltas nas penitenciárias e cadeias públicas”, disse Sabino. “O ideal seria o investimento na polícia penal, cuja missão específica seria cuidar de assuntos referentes a custódia, transporte, escolta, recaptura, ressocialização de presos e guarda de cadeias públicas.”

O comandante da 1ª Companhia de Policiamento da Brigada Militar de Montenegro, Jederson Dill, analisa como positiva a medida. Embora por questões de segurança prefira não revelar quantos policiais são responsáveis pela função na Penitenciária Modulada de Montenegro, destaca o fato de, se não precisassem ficar lá, uma equipe poderia reforçar o policiamento em Montenegro. Na cadeia, há 13 guaritas, mas devido à falta do efetivo, não há brigadianos para todas elas, por isso é feito um revezamento entre os locais.

“Teríamos, no mínimo, mais uma viatura atuando no município. É um custo muito alto para a sociedade, pois haveria mais efetivo nas ruas se essa missão não fosse delegada a nós”, comenta. Outra solução, destaca o oficial, seria integrantes da reserva voltarem a atividade por meio do programa estadual Mais Efetivo e assumissem a atividade, como já ocorre no Fórum e no Ministério Público.

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