Insegurança. Consumo de drogas, som alto e gritaria são alguns problemas
A Praça Leonel de Moura Brisola, também chamada de Pracinha dos Ferroviários, localizada na esquina das ruas Buarque de Macedo e Santos Dumont, há tempo deixou de ser um local tranquilo durante as noites dos finais de semana. O uso de drogas, consumo de bebidas alcoólicas e atos de baderna tiram o sossego de quem mora próximo à área de lazer. De acordo com moradores, o problema se intensifica durante as noites de quinta-feira até domingo. Quando Polícia aparece, os consumidores de drogas escondem o material em plantas ou nos jardins das casas mais próximas.
Contudo, os problemas não são restritos a Praça. A rua Buarque de Macedo é utilizada como ponto de concentração de jovens e adultos que exageram no volume do som e da conversa durante as madrugadas. A via também serve de pista para a realização de rachas, tanto de carros como de motocicletas. Na noite do último domingo um veículo foi encontrado abandonado, após o condutor bater em um estabelecimento comercial e fugir do local.
O comandante da 1ª e 2ª Cia de Policiamento do 5º Batalhão da Polícia Militar, capitão Joelson Ferri Barbosa, informa que a partir desta semana as operações da BM nesses locais serão intensificadas. Além disso, ele destaca a importância da colaboração dos próprios moradores para evitar a perturbação e baderna. “As pessoas que se sentem prejudicadas devem participar da solução do problema. Elas podem nos levar provas com filmagem ou fotos das pessoas e veículos que causam a desordem e também que se identifiquem quando solicitar o atendimento da BM em casos específicos”, orienta o capitão.
A bagunça é causada por quem perturba o sossego e ainda depreda patrimônio
Em março deste ano a reportagem do Jornal Ibiá registrou as reclamações dos cidadãos que já não aguentam mais a situação. Na madrugada do dia três daquele mês, um estabelecimento comercial teve duas vidraças quebradas por vândalos. Os baderneiros tentaram danificar outras vitrines, mas devido à espessura dos vidros, não tiveram sucesso em seu propósito. Assustados e com medo de represália, a maioria dos moradores e empresários do entorno prefere não se identificar ao falar sobre o assunto. Mas, apesar do receio, eles desabafaram ao Jornal Ibiá.
“Está ficando cada vez pior. Não adianta a polícia vir. Só a chuva é capaz de fazê-los irem embora”, afirma Iraja Lehder, 36 anos, um dos poucos a aceitar ter o nome publicado. Ele relata que os usuários de entorpecentes são informados quando a polícia se aproxima e escondem a droga.
“Outro dia um deles chegou e disse para o grupo se ligar porque a polícia estava chegando. Não sei como eles ficam sabendo”, relata o cidadão. Iraja já encontrou pedras de crack escondidas entre as plantas ao realizar serviços de jardinagem na casa da mãe dele.