A criatividade dos bandidos é algo sem limites. O tempo ocioso é utilizado para planejar ações que facilitem o “trabalho” deles de forma que a população nem sinta que o perigo a espreita. Nos últimos dias, os motoristas, em especial as mulheres alertam os demais condutores para que não caiam na “pegadinha” do ferro preso na roda ou embaixo do veículo.
Na prática, a ação acontece da seguinte forma: ao ver que a possível vítima está parada no sinal, um homem se aproxima e informa que há um ferro preso na roda. Ele diz para a pessoa descer para ver o problema e se oferece para ajudar. Nos casos que chegaram até a reportagem do Jornal Ibiá, as mulheres desconfiaram da situação e conseguiram escapar do que elas consideraram uma tentativa de assalto.
Na capital do Estado, uma condutora estava parada em uma sinaleira, na Avenida Ipiranga, quando foi alertada por um homem, que estava na calçada, sobre a existência de um ferro preso a roda do carro. “Ele disse moça, tua roda está prestes a cair. Agradeci e disse que pararia em um posto. Aí ele disse para eu encostar o carro que ele me ajudaria. Não confiei em parar, segui até um posto, desci e pra minha surpresa não tinha nada na roda”, conta a cidadã. No intuito de alertar outras pessoas sobre o golpe, a mulher gravou um áudio que circula pelos aplicativos de troca de mensagem. Não há informações sobre a procedência da gravação, mas vale o alerta.
Outra mulher, supostamente de Montenegro, também relata ter passado por situação semelhante. “Esse golpe do ferro aconteceu comigo. Eu estava na sinaleira da Santo Antônio, quando um cara bateu no vidro do carro e disse que tinha um ferro caído embaixo do veículo. Ele disse que era melhor eu descer, mas como eu já estava sabendo, virei a rua e não parei. Quando dobrei na rua Pinheiro Machado, vi que tinha uma moto e ela saiu atrás de mim. Só que a garagem do edifício da minha mãe estava aberta. Entrei e a moto parou, olharam para dentro e o local estava cheio, aí eles arrancaram. Fiquem espertos”, orienta a condutora.
Na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), de Montenegro, não foi feito registro de ocorrência com o tipo de descrição relatado nos áudios. O setor de Investigações da 1ª Delegacia de Polícia não informou se existem registros no local.