Alternativas. RGE aponta que, se for necessária a construção de substação, Município terá de contribuir financeiramente
A comunidade escolar da Emei Tio Riba não tem medido esforços para amenizar o forte calor que afeta as crianças. Inclusive, um grupo foi criado para buscar alternativas que viabilizem a instalação de aparelhos de ar-condicionado nas salas. A oferta insuficiente de energia elétrica na instituição, determinante para que se avance na solução, foi discutida na Câmara de Vereadores na manhã de ontem.
Participaram da reunião, proposta por Cristiano Braatz (PMDB), representantes do Poder Executivo, direção do educandário, pais e dirigentes da empresa RGE Sul. O impasse está no fato que a rede de energia elétrica do prédio, localizado no bairro Ferroviário, não é suficiente para a instalação dos 11 aparelhos. Ficou claro aos técnicos da concessionária, Thiago Pedroso de Oliveira e Marcelo Flores Pereira, que o primeiro passo é o encaminhamento, por parte da Prefeitura, do estudo técnico de capacidade.
“Não podemos avançar na definição da medida a ser tomada enquanto não houver este protocolo na RGE Sul”, adiantou Oliveira. Esse documento precisa informar a carga atual, os equipamentos existentes e a demanda futura. Pereira explica que, se a demanda ficar abaixo de 75 kWh, possivelmente não será necessário construir uma subestação no educandário. Ele adiantou ainda que, se ocorrer alguma obra na rede, esse custo provavelmente terá participação do Município.
O Circulo de Pais e Mestres (CPM) tem um laudo profissional que aponta a carga atual de 47kWh. Com a previsão dos aparelhos de ar, e deixando ainda uma reserva técnica, chegará a 63 kWh. Esse índice dispensa a construção de subestação, o que praticamente seria um impedimento em função do alto custo aos cofres da Prefeitura.
Hoje o chefe da Elétrica da Prefeitura, Felipe Machado, fará uma nova conferência na creche. Posteriormente, o Executivo abrirá protocolo junto à concessionária. Vencida esta etapa, a empresa deverá dar um retorno em 30 dias. Os representantes da RGE Sul não quiseram adiantar valores, em razão de não se ter um projeto concluído. Eles também foram cautelosos em relação ao prazo. Uma vez definido se é necessária obra na rede, e com a participação financeira da Prefeitura, o Executivo terá que definir se vai contratar a RGE ou outra empresa. “Se fizerem a opção pela RGE, a partir do pagamento, a obra entra numa lista de espera, sendo que temos até 180 dias para a sua conclusão”, adianta Tiago Oliveira.
Os pais ficaram entre a euforia e a decepção. Euforia em razão de que agora existe a possibilidade da instalação dos condicionadores de ar sem a necessidade de uma subestação. Por outro lado, o caminho a ser percorrido ainda é muito longo.