Rede municipal de ensino terá educadores extras na alfabetização

Mais Alfabetização. Programa do MEC beneficiará 15 escolas de Montenegro

Montenegro aderiu ao programa “Mais Alfabetização” – uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC) que disponibilizará um educador extra por cinco ou 10 horas semanais, que trabalhará junto do professor oficial da turma com foco nas dificuldades de leitura, escrita e matemática. São 15 escolas municipais contempladas. Cada uma precisa, no entanto, registrar quantas turmas precisam do atendimento para que, efetivamente, o recurso seja liberado. O foco é nos estudantes do primeiro e do segundo ano do Ensino Fundamental.

A secretária municipal de educação e cultura, Rita Carneiro Fleck, explica que a adesão ao programa se deu após a saída do “Novo Mais Educação” – outra iniciativa do MEC, que oferecia aulas de reforço no contra-turno e que, agora, se tornou exclusivo para municípios com um grande número de crianças beneficiadas pelo Bolsa Família e que apresentem nota baixa no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Com os critérios alterados, o governo federal acabou percebendo a necessidade de outro programa.

Como comprovou a Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) – realizada em 2016 –, mesmo os municípios que deixaram de ser contemplados pelo “Novo Mais Educação”, ainda apresentavam déficits. No país, muitos alunos têm chegado ao terceiro ano, sem o domínio da escrita da leitura e/ou da matemática, fato que chamou atenção. “As políticas do governo federal, então, se voltaram para tratar as mazelas onde elas estavam acontecendo”, afirma a secretária Rita. Em Montenegro, ela aponta, a principal necessidade a ser trabalhada pelo novo programa é na matemática.

O MEC dividiu o “Mais Alfabetização” entre dois critérios. Municípios com escolas em um nível social mais baixo e com nota insuficiente na ANA serão contemplados com 10 horas semanais de atuação do professor alfabetizador extra. Montenegro cai no segundo critério, apresentando uma situação melhor na alfabetização e recebendo, com o programa, cinco horas mensais do profissional. Este educador receberá R$ 150,00 mensais por turma atendida e pode trabalhar em, no máximo, oito turmas. Não há impedimento de ele ser, também, concursado da rede municipal, mas sua atuação no “Mais Alfabetização” não pode ocorrer no mesmo turno do trabalho que já realiza.

Foco principal na matemática

Iniciativa busca melhorar processo de alfabetização no primeiro e no segundo ano. Foto: Arquivo/Jornal Ibiá

Sabendo da necessidade maior dos alunos montenegrinos em relação à matemática, o foco principal da atuação do professor extra deverá ser para essa matéria. “Montenegro não é insuficiente em leitura e escrita. É só em matemática. Depois que a escola efetivar sua solicitação, a Smec vai sentar com ela e definir como será feito este trabalho”, explica a secretária Rita. Dentro da Smec, Marcia Farias – que coordenava o “Novo Mais Educação”, será responsável pelo alinhamento do “Mais Alfabetização”.

“Vamos ter um bom investimento neste processo para que as crianças sejam, realmente, alfabetizadas. Muita gente, até, pensa que a alfabetização é só leitura e estrita, mas ela agrega a matemática também. O aluno tem que conhecer o número, a função dele e no que ele é utilizado”, coloca a titular da pasta. O trabalho será articulado com um outro programa do MEC, o “Programa Nacional pela Alfabetização na Idade Certa” (PNAIC), que, em Montenegro, reúne um grupo de educadores da rede que debatem e realizam ações sobre o tema.

Escolas contempladas em Montenegro
– EMEF Adolfo Schüler;
– EMEF Ana Beatriz Lemos;
– EMEF Bello Faustino dos Santos;
– EMEF Bernardino Luís de Souza;
– EMEF Carlos Frederico Schubert;
– EMEF Cinco de Maio;
– EMEF do Bairro São Paulo;
– EMEF Dr. Walter Belian ;
– EMEF Esperança;
– EMEF Etelvino de Araújo Cruz;
– EMEF Henrique Pedro Zimmermann;
– EMEF José Pedro Steigleder.
– EMEF Manoel José da Motta;
– EMEF Pedro João Müller;
– EMEF Profª Maria Josepha de Oliveira;

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