Atividade pedagógica proporciona aprendizado e diversão em visita a vários lugares de Montenegro, município das Artes, capital do Tanino e da Citricultura
Atividade culminante do projeto interdisciplinar “Conhecendo a Cidade das Artes, capital do Tanino e da Citricultura”, a mostra realizada ontem, pelos alunos do Colégio Ivo Bühler, reuniu trabalhos sobre aspectos diversos da economia, cultura e história do município. A exposição é resultado de ações desenvolvidas em sala de aula e de visitas a várias locais da cidade.
Idealizadora da atividade, a professora Aline Pereira observou, durante uma aula de sociologia, o quanto os alunos desconheciam sobre referências da cidade. A partir de então, surgiu a idéia do projeto que oportunizou as visitas. Após os passeios, os alunos escolheram um tema para apresentação do projeto.
A participação das abelhas na citricultura através da polinização foi o assunto do trabalho das colegas Laís Teixeira, 15 anos, e Joice Santos. “Visitamos um pomar e percebemos que a abelha é fundamental para transporte do pólen”, observa Laís.
A culinária baseada na citricultura motivou alguns trabalhos. Stephanie Krug, 16 anos, e Roger Parcianello, 18, fizeram gelatina de laranja usando suco natural da fruta e levaram para ser degustada na mostra. As colegas Andréia Larissa Buenos, 17, Monique Guedes, 16, e Raquel Saldanha Ribeiro, 16 também apresentaram alimentos a base de laranja. Elas esclareceram que optaram por esse tema para mostrar que essa fruta é importante para o município. “Se fala muito em bergamota, mas há muita produção de laranja também”, resume Monique.
Através de um painel de fotos diversas, os alunos Felippe Machado, 16, e Tainá Martins, 16, mostraram algumas das mudanças percebidas em Montenegro ao longo das últimas décadas. Ela se impressionou com a quantidade de trilhos que havia nos fundos da Estação da Cultura, antiga estação férrea. Para ela, essas estradas de ferro deveriam ser mantidas como atração, assim como ter um trem para passeio turístico.
As estudantes Misamara dos Santos Reis, 19, e Luana Tainá da Silva, 17, destacaram o que aprenderam nas visitas a unidade local da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), à Tanac, e a pontos turísticos como o Parque Centenário, Cais Porto das Laranjeiras, entre outros. “Na Uergs, soubemos que há muitas formas de arte, que não é só através do desenho”, observa Luana.
Os colegas João Victor da Silva, 17, e Daniele Saldanha, 17, abordaram as lendas do Gigante de Pedra e do Cavalo Branco. Ele conta que durante a elaboração houve apresentação de teatro para as crianças. “Elas gostaram muito”, acrescenta ele. As alunas Júlia da Silva Lazaretti e Luana da Silva decidiram fazer um resumo de tudo que visitaram e aprenderam. Para elas, o projeto foi uma forma divertida de aprender sobre muitos lugares da cidade, muitos dos quais ainda não tinham não conheciam.
Na sala da mostra, painéis com desenhos alusivos às visitas ornamentavam as paredes. Desta forma, Aline salientou a participação da professora de artes Ágata Tejada Klein. A vice-presidente da Amarti, Arlete Oliveira de Souza, visitou a mostra e salientou a importância da pesquisa e do turismo pedagógico. “De nada adianta sair pelo mundo e não conhecer a sua cidade”, resumiu.