Desenvolvido em Montenegro através de uma parceria entre a Prefeitura e o Sicredi Ouro Branco, o programa Cooperativas Escolares está sendo realizado em quatro instituições de ensino da cidade: Etelvino de Araújo Cruz, Maria Josepha Alves de Oliveira, Cinco de Maio e Pedro João Müller. O projeto, com o apoio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC), busca estimular os jovens a realizarem todo o processo de planejamento, fundação, definição de produto, produção e venda, como no ambiente de uma cooperativa.
15 alunos das turmas finais da escola Etelvino de Araújo Cruz, da Rua Nova, estão participando do projeto. A professora Cássia Ferrandis, docente da disciplina de matemática, é quem está desenvolvendo a iniciativa com os estudantes na instituição. Ela conta que o programa foi iniciado em maio desse ano, com a formação dos professores. Segundo Cássia, o projeto é trabalhado com os alunos através de jogos, nos quais as missões a serem completadas são as fases da montagem e desenvolvimento da cooperativa escolar. “Já começamos a realizar encontros presenciais com os alunos para eles entenderem como funciona uma cooperativa, quais são os princípios do cooperativismo, ou seja, a fase de aprendizagem de tudo que envolve a montagem de uma cooperativa”, relata a professora.
Para Cássia, o projeto é de suma importância na aprendizagem dos alunos, pois irá desenvolver diversas habilidades, além de proporcionar uma visão inovadora e nova aprendizagens, ajudando e transformando o ambiente escolar. “Os alunos irão vivenciar a realidade de uma cooperativa, na qual poderão adquirir novos conhecimentos, e, com essas novas habilidades, poderão surgir interesses em trabalhar em um mercado de trabalho totalmente diferente da realidade em que vivem”, declara.
A professora do Departamento de Educação, Letícia Silva da Rosa de Azeredo, que é uma das coordenadoras do programa na cidade, afirma que o programa aconteceu por livre escolha das escolas. Segundo ela, o caráter formativo dos cursos e do projeto tem por finalidade a promoção da convivência, o respeito mútuo, a solidariedade, promoção da justiça social, igualdade, autonomia, a cooperação e a realização de objetivos comuns.
Já a secretária municipal de Educação e Cultura, Ciglia da Silveira, destaca que a iniciativa, que antes era pensada para o meio rural, agora também poderá será desenvolvida em uma escola da área urbana. “Muitos negócios e ações de empreendedorismo da área rural estão ligadas com o cooperativismo”, declara Ciglia.
O pontapé inicial para o início dos projetos foi dado no início deste mês, após um encontro dos alunos das escolas participantes, na Estação da Cultura. A próxima etapa será a escolha do objeto de aprendizagem e também dos cargos e funções de cada estudante. A ideia é que o programa se torne algo permanente dentro das instituições, se desenvolvendo dentro das escolas. (WM)