Educação. Dia de greve nacional contra os cortes no setor público teve atos pelo RS
A quarta-feira, dia 15, foi marcada por manifestações contra os cortes no orçamento da Educação Pública, especialmente das universidades federais. Professores, alunos e funcionários de entidades das redes pública e também privada; além de centrais e sindicatos, comunidade acadêmica e sociedade civil estiveram nas ruas de diversas cidades gaúchas. Professores de Montenegro que aderiram à greve nacional participaram de protestos em Porto Alegre.
Mas também teve ato na cidade, com um grupo de cinco professoras se manifestando em frente à Escola Municipal Lena Rozi da Rocha Pithan, no Senai. As aulas não foram interrompidas, e Monaliza Furtado explica que, para externar o descontentamento, foi combinado usar roupa preta. Ela inda pregou no peito um cartaz com a frase “Luto! Contra os cortes na educação”. Ao seu lado estavam a monitora Thaís Mello e as professoras Mariana Flores Martins, Ionara Rodrigues da Silva e Carla Joana.
A portura combativa é de uma docente pós-graduada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), assim como há, na escola, colegas que estudam ou estudaram em universidades federais. Monaliza afirma que este corte de orçamento promovido pelo Governo Federal não afeta unicamente um grupo isolado, mas sim, em longo prazo, a toda população. “Esse corte nas universidades públicas respinga em todos os setores; inclusive na qualidade da formação dos professores da Educação Básica”, alertou.
Cpers avalia bem o movimento
Ainda no meio da tarde, antes do ato derradeiro das 18 horas, o Cpers Sindicato já avalia o dia 15 como positivo. Em seu perfil no Facebook e no Twitter, divulgava fotos de ações pelo RS, calculando que “milhares” foram às ruas. Uma caminhada de alunos em frente à UFRGS interrompeu o trânsito e foi reprimida a Polícia Militar que arremessou bombas de efeito moral contra o grupo.
Era apenas o início das mobilizações na Capital. Antes, o grupo realizou um abraço coletivo na Universidade Federal de Ciências da Saúde (UFCSPA). Originalmente, o dia 15 foi organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) contra a Reforma da Previdência. Mas, as “balburdias” do ministro da Educação Abraham Weintraub fez a Greve Nacional da Educação focar-se na pauta orçamentária.