Nesta terça-feira, 26, o ginásio do Colégio Estadual Ivo Buhler, CIEP, foi transformado em um espaço de criatividade e reflexão com a realização da Feira Interdisciplinar 2024. O evento, planejado ao longo de meses, trouxe à tona 39 trabalhos desenvolvidos pelos alunos, oficinas interativas e apresentação de receitas elaboradas pelo Ensino Médio, envolvendo toda a comunidade escolar – desde os Anos Iniciais do Ensino Fundamental até o Ensino Médio. Dentre os temas, estiveram Biomas do Brasil, Queimadas, Enchentes, Tornados, Composteiras, Alimentação Saudável, Energia Solar, etc.
A supervisora pedagógica do colégio, Maria Eduarda Gotz, que liderou a organização ao lado da vice-diretora Roberta Reis, detalha os bastidores do evento. “Já tem alguns meses que a gente vem preparando essa feira. Os professores estudaram os temas escolhidos pelos alunos para trabalhar em sala de aula, culminando nessa apresentação incrível. Esse é um evento de toda a escola e contou também com a participação de convidados externos”, explica Maria Eduarda. A organização da feira demonstrou como o aprendizado interdisciplinar, somado à autonomia dos alunos para escolherem os temas que desejavam explorar, trouxe engajamento e profundidade aos trabalhos apresentados.
Desenvolvimento humano e educacional em foco
Para a vice-diretora Roberta Reis, a Feira transcendeu o formato tradicional de apresentações escolares, tornando-se um espaço de trocas especiais entre aulas, professores e a comunidade. “Os alunos tiveram a liberdade de escolher os temas que realmente despertaram o interesse deles. Isso é essencial para o aprendizado, porque quando o aluno se identifica com o tema, ele se sente motivado a pesquisar e a se aprofundar. Essa autonomia ajuda não apenas no desenvolvimento acadêmico, como também no crescimento pessoal e até profissional deles no futuro”.
Roberta também destaca como o evento beneficia toda a comunidade escolar. “Foi uma verdadeira troca, em que os professores também aprenderam com os alunos. Além disso, os trabalhos apresentados foram bastante variados, permitindo que diferentes aspectos da vida pessoal, escolar e social fossem explorados”.
Feira Interdisciplinar evidencia história e conscientização
Entre os trabalhos apresentados, esteve o projeto das alunas Fernanda Machado, 11, e Rebeca da Costa, 12, sobre o tema “Rota da Escravidão: O caminho dos navios negreiros”. As meninas escolheram abordar o impacto do racismo e a importância de valorizar a igualdade entre as pessoas. “Tem muito racismo no mundo e no Brasil, mas a gente quer mostrar para as pessoas como todos nós somos iguais”, explica Fernanda. Ela compartilha como foi trabalhar o conteúdo. “Foi emocionante entender como os negros eram tratados no Brasil, principalmente no cultivo do café, que era uma das maiores riquezas da época. Eles fizeram isso sem receber nada e foi importante saber mais sobre essa parte da nossa história”.








