Aluno que estuda nos Estados Unidos utilizou laboratório de escola de Montenegro para fazer trabalho
O montenegrino Enrico Sartori Fernandes, de 14 anos, mora há cinco anos na cidade de Urbandale, no estado de Iowa, nos Estados Unidos. Lá ele estuda no 1º ano do High School, o equivalente ao Ensino Médio no Brasil.
Por conta da pandemia o estudante veio passar uma temporada com os seus familiares, que residem em Montenegro. Aqui ele estuda a distância em sua escola nos Estados Unidos. No último mês Enrico passou por uma experiência diferente. Por conta de um trabalho da disciplina de biologia ele teve que solicitar uma autorização para a Escola Estadual de Ensino Médio Delfina Dias Ferraz para a utilização do laboratório de química da instituição.
O objetivo do trabalho do estudante foi analisar alguns materiais vegetais para identificar as suas células. No dia 19 de janeiro, acompanhado da professora de ciências da escola Delfina Dias Ferraz, Ingrid Kunde, o aluno preparou lâminas de células vegetais e as analisou no microscópio.
Ele conta que a experiência foi positiva e que se surpreendeu com a qualidade do laboratório utilizado na escola. “Os meus professores ficaram felizes porque conseguiu uma solução para fazer o trabalho, seria mais cômodo eu dizer que não tinha como fazer o trabalho aqui no Brasil, mas eu consegui uma solução”, conta Enrico.
Segundo o estudante, o apoio da escola Delfina Dias Ferraz foi fundamental para o êxito na realização do trabalho. “Obrigado à escola por ter disponibilizado o espaço, sem isso não seria possível ter realizado a tarefa”, afirma Enrico.
Para o diretor da instituição, João Antônio Moreira, foi uma grande alegria colaborar com o trabalho do aluno. “Ficamos felizes e orgulhosos em poder atender bem o visitante estrangeiro que levou de Montenegro uma boa impressão da qualidade do ensino que se faz por aqui”, destacou.
Segundo o diretor da escola Delfina Dias Ferraz, o laboratório de ciências, física, química e biologia da instituição está dentro dos padrões exigidos pela ABNT, que além da estrutura está equipado com o que é necessário ao estudo das ciências a nível de Ensino Fundamental. “O estudante ficou surpreso com a qualidade dos equipamentos, talvez tenha ouvido um relato bem diferente das condições das escolas públicas do Brasil”, aponta o diretor.
Enrico deve retornar ainda este mês para os Estados Unidos, mas levará junto um aprendizado de que com as novas tecnologias disponíveis a educação não tem limite territorial. “A mensagem que fica é que a educação não tem fronteiras”, aponta o estudante.