Apresentamos os conceitos básicos desse tipo de investimento. Vale conhecer!
Cada vez mais pessoas têm optado por investir em ações na Bolsa de Valores. Tanto que, em 2002, tinha pouco mais de 85 mil pessoas investindo na Bolsa brasileira. Em 2016, essas já eram quase 560 mil e crescendo.
O Ibovespa – principal indicador de rendimento das ações – vem apresentando rentabilidade 32% maior que a inflação e, ao contrário do que muitos pensam, não é preciso tanto dinheiro assim para começar a investir. Há riscos? Sim, mas não é nenhum “bicho de sete cabeças”.
O “Seu Bolso” dessa semana traz alguns conceitos básicos desse mundo de investimentos na Bolsa. Quem nos dá essas orientações é o corretor Igor Caixeta, autor do blog especializado Toro Radar. Vamos conferir?
Como investir o seu dinheiro com segurança
O que são ações?
Têm empresas que são formadas por um conjunto de ações. Cada “açãozinha” é um pedaço dela. Ao comprar uma ação ou mais, a pessoa se torna sócia dessa empresa. Aí passa a ter direito a receber parte de seus lucros e, por vezes, votar em assembleias.
O que é a bolsa de valores?
Sabe aquela famosa representação nos filmes de uma sala cheia de gente ao telefone e gritando umas com as outras. Essa é a Bolsa de Valores do passado. Hoje em dia, todas as negociações são feitas de forma eletrônica e automatizada. É nessa Bolsa que acontecem as trocas (compras e vendas) das ações e é lá que se garante que as negociações ocorram de forma segura e justa. A do Brasil chama-se BM&F Bovespa.
Os primeiros passos
É de praxe que você abra a conta em uma corretora (tem várias dessas para escolher no mercado). Ela lhe dará acesso à chamada “Home Broker”, uma plataforma online onde são feitas as negociações. Contando com analistas e indicadores da contratada, você pode optar lá, pelas ações que vai comprar a partir do que está sendo oferecido.
Quanto investir?
Não precisa ser nenhum milionário para investir em ações e não há valor mínimo. Uma ação da Petrobrás, por exemplo, podia ser comprada no início desta semana por cerca de R$ 30,00 (salienta-se que, normalmente, elas são negociadas em lotes de 100 por vez). Mas é preciso levar em contas que existem taxas que podem vir a corroer o futuro lucro, então especialistas indicam um valor mínimo de R$ 5 mil de capital inicial para arcar com os custos operacionais e as oscilações normais de mercado.
Que custos são esses?
Algumas taxas precisam ser pagas nestas transações. Embora algumas ofereçam isenções (e, por isso, é bom pesquisar bem), a primeira é a Taxa de Corretagem, que é cobrada pela corretora nas compras e vendas das ações. Mensalmente, a BM&F Bovespa cobra uma Taxa de Custódia pela guarda das ações; e também uma Taxa de Emolumentos, proporcional aos valores de compra e venda. Há que se levar em conta, ainda, o Imposto de Renda (IR): 20% nas operações de Day Trade (uma modalidade mais ágil de compra e venda de ações) e 15% nas demais. Caso o investidor venda menos que R$ 20 mil, aí não há tributação do IR.
Mas como ganhar dinheiro com isso?
A forma mais “óbvia” é esperar que a ação comprada valorize para ser vendida com um preço maior do que a compra, cobrindo as taxas e gerando lucro. Aí existem algumas modalidades para fazer isso: a Day Trade é a mais rápida, quando a compra e a venda ocorrem em intervalos de poucas horas; a de Curto Prazo é quando a operação e o ganho com as ações se dá em um prazo de até duas semanas; e a de Longo Prazo, para quem tem paciência de aguardar melhores resultados, com mais tempo de espera e muita análise de mercado.
Há outras formas de investir!
Além dessa compra direta de ações, existem outras alternativas para investir. Por exemplo, existem os Clubes de Investimento, que permitem que você se una a um grupo de pessoas para, juntos, somar recursos e terem um capital maior de entrada. Há também os Fundos de Investimentos, que são fundos de ações administrados por bancos ou corretoras, dos quais você pode comprar cotas e recebe a rentabilidade proporcionalmente. De um jeito ou de outro, dá para ganhar bastante dinheiro.
E os riscos?
O principal risco desse tipo de investimento é que, ao invés de valorizar, a ação pode desvalorizar e, se você precisar vender nesse período, acaba perdendo dinheiro. É normal que as ações “caiam” quando a empresa passa por alguma dificuldade ou quando tem mau desempenho. Outro risco possível é que, na hora de vender, não tenha nenhum interessado em comprar a ação, sendo ela de baixa demanda. O principal “contorno” a essas questões é contar com o aporte de uma boa corretora que, com analistas preparados e bons indicadores, não deixam você entrar em “frias”. A partir de dados como a saúde financeira da empresa, a forma como ela é a gerida, as possibilidades de crescimento e os cálculos dos possíveis cenários e comportamentos da Bolsa, eles conseguem prever o que deve ou não funcionar. Existem compras, afinal, que são reconhecidamente seguras de serem feitas. E outras, mais arriscadas.