Entre a última edição da coluna e esta, a taxa de juros básicos da economia brasileira, a Selic, subiu dos 13,25% em que estava para 13,75% ao ano. A decisão foi do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central; que já projeta a necessidade de nova alta, não tão grande, já para o mês que vem. É o patamar mais alto da taxa desde 2016. Em agosto de 2020, por exemplo, a Selic estava em 2% ao ano. Essa decisão afeta o nosso bolso em diferentes perspectivas.
O que é essa taxa de juros básicos da economia
Selic é uma sigla para “Sistema Especial de Liquidação e de Custódia”. Ela serve como referência para todas as taxas de juros do mercado brasileiro. Todo juro de financiamento/empréstimo, inclusive o cartão de crédito, é baseado nela (que se soma a outros diferentes custos e taxas das várias linhas e instituições financeiras existentes). A Selic é, assim, o principal instrumento de política monetária do Banco Central com foco em controlar a inflação; em alta em vários países por reflexos dos efeitos da pandemia, da Guerra na Ucrânia, dentre outros fatores.
Como tudo vem encarecendo tanto nos últimos meses, a lógica é que encarecer os juros cobrados em financiamentos, empréstimos e no cartão de crédito desencoraja o consumo. Com as pessoas comprando menos – na velha lei da oferta e da procura – os preços, em tese, tendem a baixar.
Por outro lado, é bom para o dinheiro render, investido
É assim, nessa alta dos juros básicos, que pegar dinheiro emprestado vem ficando mais caro aos brasileiros, o que afeta principalmente pessoas que tomam financiamentos para a aquisição de carro ou da casa própria; e também aqueles consumidores com as temidas dívidas no cartão de crédito. Por outro lado, o movimento é vantajoso para quem queira investir e deixar o dinheiro rendendo, agora, com taxas maiores. A alta da Selic, afinal, tende a remunerar mais os títulos de renda fixa. A famosa poupança, que tem limitador de rendimento para quando a Selic está alta, está rendendo cerca de 6% ao ano, o que é bem abaixo da inflação; porém há alternativas como o Tesouro Direto, que já explicamos aqui na coluna, que possui retornos mais próximos e até acima da Selic. São opções, os Certificados de Depósito Bancário (CDB), as Letras de Câmbio, dentre outras. Tem condições de poupar e investir? É uma boa hora!
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